Algumas vezes, para evitar a repetição de palavras que são facilmente recuperáveis pelo contexto, omitimos termos da oração. Esse artifício é chamado de elipse.
ex¹: Paulo morava em São Paulo e Pedro, em Brasília.
Note que o verbo “morar” foi omitido da segunda oração. Contudo, o sentido da frase não foi comprometido.
Omissão de mais de um termo
A elipse pode acontecer com mais de um termo.
ex²: João morava em uma casa de Pedro e Maria, em uma de Mauro.
Repare que houve a retirada das palavras “morava” e “casa”.
Dicas bônus
Quando ocorre a elipse verbal, ela deve ser indicada com vírgula. Voltemos ao primeiro exemplo:
Paulo morava em São Paulo e Pedro, em Brasília.
Perceba que a vírgula indica a exclusão do verbo “morar” na segunda oração.
Gostou do texto? Então, sugerimos ler o Guia Completo da Vírgula que preparamos para você e aprofundar seus estudos no tema:
Qual a diferença entre sujeito indeterminado e oração sem sujeito? Neste artigo, vamos mostrar como diferenciar esses dois conceitos. Vejamos!
Oração sem sujeito
A oração sem sujeito, ou com sujeito inexistente, é aquela em que não é possível identificar um sujeito, porque ele simplesmente não está lá, não existe mesmo. Ela ocorre nos seguintes casos:
1) Com verbos ou expressões que denotam fenômenos da natureza:
ex: Fez frio na semana passada.
2) Com verbo haver no sentido de existir:
ex: Na casa, havia seis quartos.
3) Com os verbos fazer, haver e ir quando indicam tempo decorrido:
Hiponímia e hiperonímia são relações entre termos mais amplos e outros mais específicos. Elas se caracterizam por um correlação do tipo contém/está contido. Veja a frase a seguir:
ex: Minha mãe adora flores, principalmente, rosas, margaridas e bromélias.
Hipônimo x Hiperônimo
Veja que as palavras rosas, margaridas e bromélias são categorias dentro do grupo mais amplo – flores. Nesse sentido, dizemos que flores é um hiperônimo de rosas, margaridas e bromélias, enquanto estas são hipônimos daquela. Esquematizando:
Hiperônimo – termo que caracteriza um grupo mais amplo em relação a um mais específico.
ex: Flores
Hipônimo – termo que indica uma categoria específica dentro de um grupo mais amplo.
ex: Rosas, margaridas e bromélias.
Relações de sentido
Vale destacar que a hiponímia e a hiperonímia se constroem na inter-relação entre as palavras e não com termos isolados. Como bem destaca Evanildo Bechara, “a oposição é um princípio fundamental para determinação da existência dos signos linguísticos”. Nessa interação entre os termos, flores pode, por exemplo, em casos distintos, ocupar a função de hipônimo.
ex: A flora brasileira é composta por uma variedade de flores, árvores e outros tipos de vida vegetal.
Perceba que nesse caso flores é hipônimo de flora. Ou seja, uma categoria específica dentro de outra mais ampla.
Por fim, vale destacar que o uso de hipônimos e hiperônimos é um excelente ferramenta de coesão, pois ajuda a evitar a repetição de palavras.
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Se eu pudesse dar 3 conselhos para quem quer escrever bem, seriam:
1) Não use as palavras aleatoriamente. Cada vocábulo tem um significado específico. Não existe sinônimo perfeito. Então, pense bem na hora de escrever para ver se a palavra que você escolheu é mesmo a mais adequada. Por exemplo, amar e adorar são sinônimas, mas têm sentidos distintos e carga semântica diferente.
2) Seja econômico. Nada é pior do que ler um texto de um autor prolixo. Se você pode dizer algo com duas palavras, não use três.
3) Acredite no seu potencial, desenvolva seu próprio estilo e preze pela qualidade. Escrever corretamente não é um capricho. É uma ferramenta de potencialização da credibilidade do seu texto.
Repetir palavras é bom ou ruim?
O senso comum diz que repetir palavras empobrece texto. Isso é uma meia verdade, que se aplica quando esse artifício é utilizado por conta de pobreza vocabular, ou seja, porque a pessoa não consegue encontrar sinônimos para determinada palavra.
Contudo, há casos em que a repetição é intencional e tem como objetivo gerar um efeito estilístico. É a chamada anáfora. Por exemplo, a música cantada por Elza Soares diz: “a carne mais barata do mercado é a carne negra”. A repetição da palavra “carne” tem um objetivo semântico de associar a expressão “carne negra” ao racismo.
O segredo, como eu disse, é não utilizar as palavras aleatoriamente. Se você escolher de forma criteriosa os vocábulos, o leitor entenderá que a repetição não foi uma falha vocabular, mas sim uma estratégia argumentativa.
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A locução em nível de está correta. Já a expressão a nível de, apesar de ser muito utilizada pelos falantes da língua portuguesa, é considerada incorreta pela maioria dos estudiosos do nosso idioma. Neste artigo, vamos detalhar melhor esse tema. Vejamos!
Em nível de
A expressão em nível de é sinônima de “em termos de”, “no âmbito de”, “no contexto de”. Vejamos alguns exemplos de uso desse termo:
A pesquisa foi realizada em nível nacional.
A reunião aconteceu em nível de direção.
Em nível de políticas públicas, o investimento em saúde é fundamental para o desenvolvimento do sociedade.
Vale destacar que essa locução é considerada um modismo por alguns estudiosos. Assim, em situações mais formais, sugere-se que ela não seja utilizada.
O Novo Acordo Ortográfico, também chamado de Reforma Ortográfica, trouxe uma série de alterações nas regras da Língua Portugesa, em especial no campo da acentuação.
Por isso, preparamos este artigo completo com tudo que você precisa saber sobre o tema. Confira!
Sílaba tônica
Antes de avançarmos, para compreender bem as regras de acentuação e as mudanças trazidas pelo Acordo Ortográfico, é fundamental entender a classificação das palavras conforme a posição da sílaba tônica:
Oxítona – palavra em que a sílaba tônica é a última (picolé, mocotó, militar).
Paroxítona – palavra em que a sílaba tônica é a penúltima (caráter, rubrica, recorde).
Proparoxítona – palavra em que a sílaba tônica é a antepenúltima (fábula, médico, penúltima).
Agora que você já relembrou esses conceitos-chaves, podemos seguir para as alterações do Reforma Ortográfica no campo da acentuação. Elas estão divididas em seis grandes blocos. Vejamos!
1) Acento diferencial
Uma das principais mudanças do Acordo foi acabar com vários acentos diferenciais (mas, atenção, alguns foram mantidos).
Nesse sentido, vale explicar que o acento diferencial é um recuso para que o falante de língua portuguesa possa distinguir palavras iguais com significados diferentes.
Vamos conferir agora quais palavras perderam e quais permancem com o acento diferencial:
Palavras que perderam o acento diferencial
Pela
Antes do Acordo, com acento diferencial: péla (do verbo pelar, queimar, deixar sem a pele).
ex: Pela essa parte do porco para mim, por favor. (verbo)
ex: Vamos passar pela rua de baixo. (preposição)
Pelo
Antes do Acordo, com acento diferencial: pêlo (substantivo, que indica pelagem, fios que protegem o corpo) e pélo (conjugação do verbo pelar).
ex: Meu cachorro tem pelo escuro. (substantivo)
ex: Eu pelo a pele do porco para fazer roupas. (verbo)
ex: Passei pelo seu carro hoje cedo. (preposição)
Para
Antes do Acordo, com acento diferencial: pára (utilizado como verbo, indica parar, interromper, não continuar).
ex: Para com isso agora mesmo! (verbo)
ex: Vou para escola. (preposição)
Pera
Antes do Acordo, com acento diferencial: pêra (fruta)
ex: Fiz um doce de pera delicioso hoje de manhã. (fruta)
ex: Pera servi-los, braços às armas feito. (preposição arcacica)
Palavras que continuam com o acento diferencial
pôr (verbo) e por (preposição)
pôde (verbo no passado) e pode (verbo no presente)
têm (verbo no plural) e tem (verbo no singular) – a regra se aplica a todos os verbos derivados “ter”: manter, deter, etc.
vêm (verbo no plural) e vem (verbo no singular) – a regra se aplica a todos os verbos derivados de “vir”: convir, intervir, etc.
Palavra com acento diferencial opcional
Vale destacar que o Acordo tornou opcional o acento na palavra fôrma (de bolo) para diferenciá-la da palavra forma (de formato).
Apesar de o uso do acento circunflexo não ser obrigatório nesse caso, ele é altamente recomendável.
2) Palavras terminadas em “oo” e “eens”
A Reforma Ortográfica eliminou o acento de palavras como “vôo” e “lêem”, que terminam com encontros de vogais iguais. Vejamos mais exemplos de vocábulos que entram nessa regra:
Antes da Reforma
Depois da Reforma
Vôo
Voo
Lêem
Leem
Enjôo
Enjoo
Crêem
Creem
Perdôo
Perdoo
Vêem
Veem
3) Arguir e redarguir
O Acordo Ortográfico acabou com o acento agudo no “u” tônico na conjugação dos verbos “arguir” e “redarguir” no presente do indicativo.
ex: Eu arguo contra o seu posicionamento. (pronuncia-se “ar-gú-o”)
ex: Os juizes redarguem sempre que discordam de uma das partes. (pronuncia-se “re-dar-gú-em”)
4) Ditongos abertos nas paroxítonas
Essa mudança pode ser chamada de “regra da ideia”, por esse ser o caso mais lembrado dessa alteração.
Com o advento da Reforma Ortográfica, os ditongos abertos das palavras paroxítonas perderam o acento. Vejamos alguns exemplos:
Antes da Reforma
Depois da Reforma
Idéia
Ideia
Apóia
Apoia
Andróide
Androide
Coréia
Coreia
Jóia
Joia
Geléia
Geleia
Vale destacar, contudo, que os ditongos abertos das palavras oxítonas continuam acentuados: pastéis, hotéis, anzóis, etc.
5) Paroxítonas acentuadas depois de ditongos
Já essa mudança pode ser chamada de “regra da feiura”, pois esse é o caso mais destacado dessa alteração.
O Acordo Ortográfico aboliu o acento nas letras “u” e “i” da sílaba tônica de palavras paroxítonas que vem logo após um ditongo. Vejamos alguns exemplos:
Antes da Reforma
Depois da Reforma
Baiúca
Baiuca
Bocaiúva
Bocaiuva
Feiúra
Feiura
É importante ressalvar, entretanto, que, se a palavra for oxítona e as letras “i” e “u” vierem no final do termo, o acento na sílaba tônica após o ditongo permanece: Piauí, tuiuiú, etc.
6) Dupla pronúncia
No presente do indicativo e do subjunto e no imperativo, os verbos terminados em guar, quar, quir (averiguar, apaziguar, obliquar, aguar, enxaguar, desaguar, delinquir, etc.) têm dupla pronúncia e grafia.
Nesse caso, o Acordo Ortográfico validou ambas, de acordo com a preferência do falante da Língua Portuguesa. Trata-se, assim, de uma variação linguística chamada de diatópica, ou seja, ligada ao local das pessoas.
Para ficar mais claro, vamos conferir o exemplo dos verbos “enxaguar” e “delinquir”:
Com “a” e “i” tônicos (com acento)
Com “u” tônico (sem acento)
Eu enxáguo
Eu enxaguo
Tu enxáguas
Tu enxaguas
Ele enxágua
Ele enxagua
Eu delínguo
Eu delinguo
Tu delínques
Tu delinques
Ele delínque
Ele delinque
No primeiro caso (mais comum no Brasil), os encontros “gu” e “qu” são considerados dígrafos (um só fonema). No segundo, por sua vez, cada letra representa um fonema distinto.
Resumo
Para finalizar este artigo, preparamos uma tabela com o resumo das alterações que o Acordo Ortográfico trouxe no campo da acentuação.
Regra
Antes da Reforma
Depois da Reforma
1) Acento diferencial
pêra, pólo, pára
pera, polo, para
2) Palavras terminadas em “oo” e “eens”
vôo, lêem, perdôo
voo, leem, perdoo
3) Verbos arguir e redarguir
argúo, redargúem
arguo, redarguem
4) Ditongos abertos nas paroxítonas
idéia, Coréia, paranóico
ideia, Coreia, paranoico
5) Paroxítonas acentuadas depois de ditongos
baiúca, bocaiúva, feiúra
baiuca, bocaiuva, feiura
6) Verbos terminados em guar, quar, quir (dupla grafia)
Muitas pessoas confundem escrever corretamente com utilizar um português formal e cheio de arcaísmos. É preciso desfazer essa confusão. Aliás, muita gente acaba cometendo erros gramaticais exatamente por recorrer, desnecessariamente, a formalismos.
Dito isso, vale destacar que redigir respeitando as regras da língua é fundamental para quem quer ter sucesso na carreira. Abaixo listamos três prejuízos que erros de português podem trazer para sua carreira:
1) Perda de credibilidade
Textos mal escritos e cheios de erros denotam desleixo e falta de preparo. Isso pode acabar com sua imagem no mercado, mandando embora oportunidades de crescimento.
Segundo dados levantados pela Catho, uma das maiores empresas de recrutamento do país, os erros de português são os principais responsáveis pela eliminação de candidatos em uma seleção de emprego. Eles pesam mais que a falta de experiência.
De acordo com o levantamento, 34% são eliminados por erros de gramática contra 25% por falta de experiência.
2) Problemas de comunicação
Erros gramaticais também podem gerar ruídos na comunicação entre você e seus colegas e superiores, criando mensagens ambíguas ou deturpadas. Isso vale, especialmente, para o caso da pontuação. Veja:
ex1: Não esquece! (Trata-se de algo importante que deve ser lembrado de qualquer forma).
ex2: Não, esquece. (Refere-se a algo sem importância e que pode ser deixado de lado).
Veja que a vírgula altera totalmente o sentido das frases.
3) Perda de produtividade
Uma mensagem confusa tem impacto direto na produtividade de uma equipe. Imagine a seguinte situação: um gerente passa um e-mail mal escrito para o time. Em seguida, os colaboradores começam a saga para tentar descobrir o que o chefe de fato quis dizer.
Esse tempo perdido vai atrasar todas as ações da equipe. Tudo isso em decorrência de um texto descuidado e sem clareza.
Agora projete essa mesma situação repetida em várias unidades de uma empresa. Esse desperdício de recurso é multiplicado inúmeras vezes, causando um prejuízo imensurável.
*
Para ajudá-lo a não cair nessas ciladas, listamos cinco passos para vocês escrever textos claros e diretos:
O básico que você precisa saber para escrever um bom texto.
O novo acordo ortográfico, que já nem é tão novo assim, passou a vigorar de forma definitiva em janeiro deste ano. Uma das principais mudanças foi no uso do hífen. Dentre as alterações, destaco aqui as principais.
Letra H
Sempre haverá hífen quando a segunda palavra se iniciar com H.
ex: Anti-higiênico, anti-heroico.
OBS: Os prefixos “in-” e “des-” sempre grudam na palavra.
ex: Desumano.
Letras iguais
Mantém-se o hífen, quando a primeira letra da palavra for igual à última do prefixo.
ex: Anti-inflamatório.
OBS: Quando as letras forem diferentes, não há hífen.
ex: Antioxidante, contratempo.
Letras R e S
Quando o prefixo terminar com vogal e a palavra começar com R ou S, não há hífen e dobra-se a letra inicial da palavra.
ex: Contrarregra, minissaia.
OBS: Se o prefixo terminar em consoante, mantém-se o hífen.
ex: Sub-reino, super-resistente.
Casos especiais
Mantém-se o hífen em palavras formadas com os prefixos vice, ex, pró, pré e pós.
Qual a diferença entre uma oração subordinada adjetiva restritiva e uma explicativa? Essa é uma dúvida comum em muita gente que estuda a língua portuguesa.
Neste artigo, vamos te mostrar as características de cada uma e quando usá-las.
Antes, porém, vamos entender o que são orações subordinadas adjetivas.
Pronome relativo
Esse tipo de oração é caracterizada pela presença de um pronome relativo, que vem sempre após um termo substantivado (na maioria das vezes, um substantivo ou um pronome) e tem a função de retomar um termo anteriormente mencionado.
Exemplos de pronomes relativos: que, o qual, onde, cujo, no qual.
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