Língua Portuguesa e Literatura para o Enem

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Hoje é x Hoje são – qual a forma correta?

Quem nunca ficou na dúvida sobre a língua portuguesa, que atire o primeiro dicionário! Complexa, a língua portuguesa apresenta diferentes possibilidades. 

Quando o assunto é concordância verbal, as escolhas podem variar. Com o verbo “ser”, temos flexibilidade. É o caso de “hoje é” e “hoje são“. Vamos entender quando e como utilizá-los?

As duas formas existem

Primeiro ponto: tanto “hoje é” quanto “hoje são” existem na língua portuguesa e estão corretos.

Segundo ponto: a concordância verbal poderá ser feita tanto no singular como no plural, com o sujeito gramatical ou com o predicativo do sujeito.

Quando usar “hoje é” e “hoje são”?

Abaixo, vamos entender quando utilizar cada uma das formas. Vejamos!

Verbo “ser” (é) indicando quantidade = use no singular

  • Hoje é cinquenta reais a consulta.
  • Hoje é três (dias) de fevereiro.
  • Hoje é duzentos gramas de queijo que eu vou levar.

Verbo “ser” (são) indicando tempo = use no plural

  • Hoje são 30 minutos de intervalo.
  • Hoje são oito (data) de abril.
  • Hoje são duas horas de voo.
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Plural das cores – como funciona?

O plural das cores sempre gera muitas dúvidas. Isso acontece, porque temos regras específicas que se aplicam a esses casos. Neste artigo, vamos mostrar tudo que você precisa saber para escrever com segurança. Vejamos!

Adjetivo

Quando a cor for representada por um adjetivo, o termo deve ser flexionado de acordo com o substantivo que o acompanha:

  • Naquele jardim, havia muitas folhas verdes.
  • Janaina tinha muitos vestidos pretos no seu armário.
  • Nos países escandinavos, muitas pessoas têm olhos azuis e cabelos loiros.
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Viva a ciência x Viva à ciência – tem crase?

A palavra viva pode ou não vir seguida do acento indicativo de crase. Isso vai depender da função morfológica do termo. Neste artigo, vamos abordar todos os casos. Vejamos!

“Viva” como verbo

O termo viva pode exercer a função de verbo para indicar uma oração optativa, ou seja, uma oração que expressa um desejo. Nesse caso, viver atua como verbo intransitivo. Logo não devemos usar crase.

ex: Viva a ciência!

O sentido da frase acima seria o mesmo de “eu desejo que a ciência viva”. Nesses casos, o termo que vem após o verbo é o sujeito, e não o objeto.

Assim, quando mudamos o número do sujeito, devemos ajustar a conjugação do verbo para manter a concordância.

ex: Vivam os reis! (o mesmo sentido de “eu desejo que os reis vivam.”)

Vale destacar, contudo, que, segundo o dicionário Aulete, a forma invariável do termo é consagrada pelo uso e pode ser utilizada também (ex: Viva os professores!).

Nesses casos, o termo viva estaria funcionado como interjeição, e não como verbo.

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Qual o feminino de monstro?

O termo monstro é um substantivo masculino sobrecomum, ou seja, possui apenas uma versão para ambos gêneros gramaticais.

Dessa forma, ele é empregado tanto para o masculino e quanto para o feminino sem nenhuma alteração. Portanto, podemos afirmar que o feminino de monstro é monstro.

Significado

A palavra monstro vem do latim monstrum e possui diversos significados e sentidos. Entre eles, podemos destacar:

Fisiologia

  • Ser de dimensão descomunal originado em fantasias ou mitos, com variadas formas e aspectos. Normalmente, apresenta um comportamento ameaçador e violento;
  • Animal que destoa, de forma total ou parcial, da conformação ou estrutura natural da espécie a qual pertence.

Figurado

  • Pessoa feia, horrível;
  • Algo colossal e gigantesco;
  • Pessoa perversa, desumana, feroz, cruel.
  • Pessoa que possui uma habilidade ou característica admirável.

Adjetivo

  • Algo enorme, gigantesco, colossal.
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Pronomes possessivos: conceito, emprego e exemplos

Os pronomes possessivos são palavras que acompanham ou substituem o substantivo, estabelecendo uma relação de posse (na maioria das vezes) entre o item possuído e as pessoas do discurso. 

São pronomes possessivos:

A imagem mostra um quadro com todos os pronomes possessivos. São eles:

- 1ª pessoa:
   
meu, minha
meus, minhas
nosso, nossa
nossos, nossas

- 2ª pessoa: 
  
teu, tua
teus, tuas
vosso, vossa
vossos, vossas

- 3ª pessoa:
   
seu, sua
seus, suas
seu, sua
seus, suas

Concordância nominal dos pronomes possessivos

Os possessivos concordam em pessoa com o substantivo que representa o possuidor, além de concordarem em gênero e número com o substantivo que designa o item possuído. Exemplo:

José deixou uma bela casa como herança para suas filhas.

Possuidor: José (substantivo)

Item possuído: filhas (as filhas de José)

Pronome possessivo: suas (3ª pessoa do singular / feminino e plural)

Note que suas faz referência à 3ª pessoa do singular, que é José, ao mesmo tempo em que é feminino e plural, pois também concorda com filhas.

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O óculos ou os óculos?

Os óculos ou o Óculos-

A palavra “óculos” é uma pluralia tantum, ou seja, existe somente no plural. Dessa forma, o artigo ou o pronome que acompanha deve sempre estar no plural.

Ex1: Esqueci meus óculos.

Ex2: Peguei os óculos.

Jamais:

Esqueci meu óculos ou Peguei o óculos.

Existe a palavra óculo?

A palavra “óculo”, no singular,  existe na língua portuguesa. De acordo com o dicionário Aulete, ela possui os seguintes significados:

  1.  Qualquer instrumento ótico provido de lente de aumento, para ampliar a visão.
  2. Abertura circular ou oval em uma parede, para passagem da luz ou do ar.

*

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Sujeito SEMPRE sem preposição

Muitas vezes,  é complicado acertar a concordância em frases com sujeitos que possuem adjuntos adnominais longos.

Ex.: A falta crônica de água de esgoto e de escola nas periferias são um problema para a humanidade.

Para evitar esse equívoco, basta se lembrar que sujeito nunca vem acompanhado de preposição. NUNCA!

Como acertar a concordância?

Para acertar a conjugação, vamos identificar as preposições. Vejamos:

Ex²: A falta crônica de água de esgoto e de escola nas periferias é um problema para a humanidade.

Perceba que o único termo não preposicionado é “falta”, logo estamos diante de um sujeito simples. Então a conjugação correta do verbo ser é:

ex³: A falta crônica de água de esgoto e de escola nas periferias é um problema para a humanidade.

Preposição “de”

Outro erro comum que envolve sujeito preposicionado é a equivocada contração da preposição “de” com o artigo definido masculino “o” que compõem o sujeito de uma oração. Vejamos um exemplo:

  • Já é hora dos deputados votarem o projeto. (errado)
  • Já é hora de os deputados votarem o projeto. (certo)

Existe algum caso de sujeito preposicionado?

Para terminar, vale ressaltar que alguns gramáticos mais antigos, como Rebelo Gonçalves e de Eduardo Carlos Pereira, consideravam legítima a contração da preposição com o artigo que inicia o sujeito de uma oração.

Em outras palavras, esses estudiosos chancelavam um caso de sujeito preposicionado.

ex: Amanhã é dia dele ir à academia.

Destaca-se, contudo, que atualmente esse tipo de construção é vista pela maioria dos gramáticos como uma infração da norma culta. Por isso, deve ser evitada.

ex: Amanhã é dia de ele ir à academia.

*

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Não existe a neném, só o neném – entenda o que é substantivo sobrecomum

Por que não se pode dizer “a neném“? Neste artigo, vamos explicar, porque esse termo só pode ser utilizado no masculino. Vejamos!

Substantivo sobrecomum

O substantivo neném é sobrecomum. Isso significa que ele não apresenta  flexão de gênero. Então, sempre será utilizado no masculino.

ex: Minha filha é um neném muito lindo.

ex: Aquele neném é uma menina linda.

O bebê x A bebê

Já o substantivo bebê é comum de dois gêneros, ou seja, apresenta uma só forma para o masculino e para o feminino e a variação de gênero é indicada pelo artigo.

ex: Minha filha é uma bebê muito linda.

ex: Meu filho é um bebê muito lindo.

Esquematizando

  • Neném: substantivo sobrecomum – apresenta somente um gênero (masculino).
  • Bebê: substantivo comum de dois gêneros – a variação de gênero é indicada pelo artigo (a, o, um e uma).

Gostou do texto? Então, vale a pena ver o vídeo que fizemos sobre a diferença entre TAPAR e TAMPAR:

Aprofunde seus estudos e conheça os principais casos de concordância verbal e nominal:

O que é sujeito oracional?

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Sujeito oracional ocorre quando há uma oração subordinada substantiva fazendo papel de sujeito, a chamada oração subjetiva.

Ex: Praticar exercícios frequentemente é bom para a saúde.

Perceba que a oração “Praticar exercícios frequentemente” é sujeito do predicativo “é bom para saúde”.

Para identificar um sujeito oracional, basta substituir a oração pelo pronome “isso” e verificar se ele exerce a função de sujeito.

Ex: Isso é bom para saúde.

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De encontro a x Ao encontro de – quando utilizar cada um?

De-encontro-a-x-ao-encontro-de

As expressões de encontro a e ao encontro de não são sinônimas. Na verdade, em diversos casos, elas podem ter inclusive sentidos contrários. Neste artigo, vamos mostrar quando utilizar essas locuções prepositivas. Vejamos!

De encontro a

A locução de encontro a indica discordância ou choque. Ela é sinônima de em oposição a, em sentido contrário, contra.

Vejamos alguns exemplos de uso dessa expressão:

  • Suas atitudes vão de encontro às regras de conduta da empresa. Por isso, ou você muda, ou será demitido.
  • Suas ideias vão de encontro às minhas. Assim, fica difícil trabalharmos juntos.

Ao encontro de

Em contrapartida, a locução ao encontro de transmite a ideia concordância, alinhamento, de ir no mesmo sentido. Ela é sinônima de favoravelmente, de acordo com, no mesmo sentido.

Vejamos alguns casos em que essa expressão é utilizada:

  • Nós temos pensamentos muito parecidos. Suas ideias vão ao encontro das minhas.
  • O menino foi ao encontro do pai.

Resumo

  • Ao encontro de – indica discordância.
  • De encontro a – indica concordância.
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