As conjunções adversativas e concessivas são usadas com o mesmo propósito: ligar enunciados com orientação argumentativa contrária. Contudo, elas possuem funções diferentes e, por isso, é fundamental saber diferenciá-las para entender qual delas utilizar em cada contexto.
Conjunção adversativa
Nas adversativas, o argumento mais forte é aquele que acompanha a conjunção. Veja:
ex: Ele é inteligente, mas é preguiçoso.
Nesse caso, o fato de ser preguiçoso é mais relevante do que o de ser inteligente. Como bem destacam os professores Francisco Savioli e José Fiorin, a estratégia discursiva é a de indicar uma conclusão e, imediatamente, apresentar um argumento para anulá-la.
A conjunção adversativa é usada para coordenação de orações e introduz uma oração coordenada sindética adversativa. Por isso, a ordem das orações não pode ser invertida. Veja:
ex: Ele é inteligente, mas é preguiçoso. CORRETO
ex²: Mas é preguiçoso, ele é inteligente. INCORRETO
Exemplos de conjunções adversativas: mas, contudo, entretanto, todavia.