Letras M e N: usos e funções

As letras “m” e “n” podem exercer diferentes funções na Língua Portuguesa. Neste artigo, vamos detalhar cada uma delas e mostrar todos os usos dessas letras. Confira!

Mapa mental sobre as funções das letras "m" e "n"

Consoante

De forma geral, as letra “m” e “n” são consoantes quando aparecem antes de vogais ou quando estão no início das palavras. Nesse contexto, elas são efetivamente pronunciadas. Vejamos alguns exemplos:

  • Maçã;
  • Martelo;
  • Ameixa;
  • Camareira;
  • Rinoceronte;
  • Nariz;
  • Feminino.

Dígrafo

Quando as letras “m” e “n” estão depois de vogais e antes de uma consoante, elas não terão som. Nesses casos, elas exercerão o papel de sinal de nasalização da vogal. Dessa forma, como temos duas letras estão juntas para expressar um único fonema, estamos diante de um dígrafo vocálico.

Vejamos alguns casos em que isso ocorre:

  • Tempo (“tẽpo”);
  • Lento (“lẽto);
  • Cinto (“cĩto”);
  • Manto (“mãto”);
  • Santo (“sãto”);
  • Conto (“cõto”).

Semivogal

A letra “m” pode exercer a função de semivogal quando estiver no final das palavras. Nesse caso, ela poderá compor um ditongo decrescente. Vejamos alguns exemplos:

  • Amém (“Amẽi”)
  • Amam (“Amão”)
  • Cantem (“Cantẽi”)
  • Fogem (“Fogẽi”)
  • Esperam (“Esperão”)

Por sua vez, a letra “n” aparecerá como parte de um ditongo, funcionando como semivogal, quando estiver no interior das palavras (Benzinho – “Beizinho”).

Antes de P e B

Para finalizar este artigo, vale lembrar que, antes das consoantes, sempre utilizamos a letra “n”, exceto antes de “p” e “b”. Nesses casos, as letras serão precedidas pela letra “m” (lâmpada, embora, emboscada, empoleirado, etc).

Mas por que isso acontece? O motivo é fonético. As letras “m”, “p” e “b” são consoantes bilabiais, quanto ao ponto ou zona de articulação. Assim, quando a vogal anterior nasala (fica com som nasal), ela se prolonga até à articulação do “b” ou do “p”.

Note que a letra “n” tem uma pronúncia mais curta, em uma aticulação próxima à da letra “t”. Já “m” é tem uma pronúncia mais prolongada, que se “encaixa” melhor com as bilabiais “b” e “p”.

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