Língua Portuguesa e Literatura para o Enem

Categoria: Crase (Page 1 of 7)

À força, a força e aforça – quando usar cada um?

As construções à força, a força e aforça existem na Língua Portuguesa, mas têm usos e significados distintos. Neste artigo, vamos mostrar quando e como usar cada uma. Confira!

À força, a força e aforça: quando usar cada um?

Quando usar “à força”?

A expressão à força é uma locução adverbial que indica algo que foi feito por meio de coerção ou de obrigação. Ela é sinônimo de “forçado”:

  • Os policiais conduziram o criminoso à força, pois ele resistiu à prisão.
  • Se você não fizer o que estou pedindo, terei que fazê-lo à força.
  • Toda atividade que é feita à força não gera reflexão.

Na Língua Portuguesa, todas as locuções que possuem como núcleo uma palavra feminina devem receber o acento grave.

Vale destacar que, segundo o gramático Evanildo Bechara, trata-se na verdade de um acento diferencial, que é utilizado por motivo de clareza. Por isso, não configura uma caso de crase, porque há somente a preposição “a”, e não a fusão dela com o artigo feminino “a”.

A força de

Diferentemente de à força, a expressão à força de é uma locução prepositiva que significa à custa de ou por meio de:

  • À força de muito sacrifício, aquela senhora criou os filhos e os netos.
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Verás que um filho teu não foge à luta ou a luta?

O trecho correto do hino nacional brasileiro é “verás que um filho seu não foge à luta“, com crase. Neste artigo, vamos explicar por que devemos utilizar o acento grave nessa frase. Confira!

Quando ocorre a crase?

Antes de qualquer coisa, vamos conferir o conceito de crase. Ela ocorre quando há o encontro de vogais iguais => a + a = à. Acontece, em geral, em três casos:

  1. a) Encontro da preposição “a” com os artigos definidos “a” ou “as”;
  2. b) Encontro do pronome demonstrativo “a” com a preposição “a”;
  3. c) Encontro dos pronomes demonstrativos aquele, aquela e aquilo com a preposição “a”.

Quando isso ocorre, devemos usar o acento grave em cima da letra “a”.

Fugir a x Fugir de

O verbo “fugir” tem duas regências distintas. Ele pode aparecer com a preposição “a” e com a preposição “de”. Em cada caso caso, ele terá um significado distinto.

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Crase com senhora, senhorita e dona – quando usar?

A crase com os pronomes de tratamento senhora, senhorita e dona é facultativa. Neste artigo, vamos explicar melhor essa questão. Confira.

Quando ocorre a crase?

Antes de mais nada, vamos rememorar o conceito de crase. Ela ocorre quando há o encontro de vogais iguais => a + a = à. Acontece, em geral, em três casos:

  1. a) Encontro da preposição “a” com os artigos definidos “a” ou “as”;
  2. b) Encontro do pronome demonstrativo “a” com a preposição “a”;
  3. c) Encontro dos pronomes demonstrativos aquele, aquela e aquilo com a preposição “a”.

Quando isso ocorre, devemos usar o acento grave em cima da letra “a”.

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Bife a cavalo x Bife à cavalo – tem crase?

A forma correta é “bife a cavalo“, sem ocorrência de crase. Neste artigo, vamos explicar por que não devemos utilizar o acento grave nessa expressão. Confira!

Quando usar crase?

Antes de avançarmos, vamos relembrar o conceito de crase. Ela ocorre quando há o encontro de vogais iguais => a + a = à. Acontece, em geral, em três casos:

  1. a) Encontro da preposição “a” com os artigos definidos “a” ou “as”;
  2. b) Encontro do pronome demonstrativo “a” com a preposição “a”;
  3. c) Encontro dos pronomes demonstrativos aquele, aquela e aquilo com a preposição “a”.

Quando isso ocorre, devemos usar o acento grave em cima da letra “a”.

Crase com palavras masculinas

Em regra, não ocorre crase antes de palavras masculinas, a menos que as expressões “à moda” ou “à maneira” estejam subentendidas.

ex: Neymar fez um gol à Romário (à maneira de Romário).

Não é isso que ocorre na expressão “bife a cavalo“. Nesse caso, não se quer dizer que o bife é preparado da maneira como um cavalo o faria. Por isso, não estão implícitas as locuções “à maneira de” ou “à moda de”. Logo, não devemos utilizar o acento grave.

Destaca-se ainda que o mesmo entendimento é válido para a expressão “frango a passarinho”. Nessa situação, também não ocorre a crase.

O que é bife a cavalo?

Bife a cavalo é um prato que consiste em um bife com um ovo estrelado por cima. Trata-se de uma comida típica da culinária portuguesa e brasileira. Em geral, ele vem acompanhado de batata frita, arroz e salada.

A iguaria tem origem europeia, crê-se da Inglaterra. Na França ficou conhecido como bifteck à cheval ou œuf à cheval (ovo a cavalo), consistindo em bife de carne grelhado, sendo colocados por cima ovos fritos. O nome provavelmente surgiu pela aparência do prato lembrar as selas de montaria.

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Para você aprofundar seus conhecimentos sobre a crase, preparamos aqui um guia completo:

Chamar atenção, chamar a atenção e chamar à atenção – quando usar cada um?

As expressões chamar atenção, chamar a atenção e chamar à atenção estão corretas. Neste artigo, vamos mostrar quando e como usar cada uma!

A forma correta de utilizar o substantivo feminino “atenção” é uma das dúvidas clássicas na escrita de boa parte dos brasileiros. As três formas de escrita estão corretas. Isso pode ser bom ou ruim. Muitos tendem se confundir, ainda mais.

Três formas de escrever pode parecer muito, mas, arriscamos afirmar que se o escritor entender o significado de cada formação do artigo “a” com o substantivo, não terá dificuldades para inserir nas frases.

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A mercê x À mercê – quando usar cada expressão?

A forma correta é à mercê, com acento grave, mas a construção a mercê também possível na língua portuguesa. Neste artigo, vamos mostrar qual regra da crase se aplica a essa expressão. Vejamos!

Núcleo feminino

Para entender por que estamos diante de um caso de crase, vamos analisar os termos que compõem a locução prepostiva à mercê de. O termo é formado pela preposição “a” com o substantivo feminino mercê, que significa:

  1. recompensa por algum trabalho ou serviço.
  2. favor, graça, benefício.

Todas as locuções que tem núcleo feminino, devem ser craseadas: à toa, à mão, à esquerda, à direita, à caneta, à deriva, etc.

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À exceção de x Com exceção de – quando usar cada um?

A protagonista desse texto é, mais uma vez, a danadinha da crase. Voltamos a esse tema até porque, à exceção dele, muito pouca coisa causa tantas dúvidas na Língua Portuguesa.

É o caso da própria locução “à exceção de”, que inicia com a crase pela contração da preposição “a” com o artigo “a”. Como diria a professorinha: “crase há!”. Mas por que, se é equivalente à expressão “com exceção de”, que nem artigo tem?

A analogia faria sentido se aplicada a regrinha prática de verificação da existência de crase antes de substantivos femininos, aquela cuja dica é substituir a palavra feminina por uma masculina de mesmo valor semântico, como em “Vou à cidade”/“Vou ao centro”.

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Crase com palavras ocultas – quando e como utilizar?

É possível usar crase com palavras ocultas? Neste artigo, vamos responder essa questão e mostrar como funciona o acento grave nesses casos. Vejamos!

A sentença “Quem não é visto não é lembrado” faz sentido? Para um monte de coisas, não é? Porém, no mundo da Língua Portuguesa, não é bem assim. A ocultação de palavras é permitida e bem comum, mas a omissão da crase onde ela for exigida, não.

Mais do que isso, é obrigatória. Até porque tal palavra não desaparece simplesmente; ao contrário, como o termo regente da oração, deve continuar existindo na cabeça do leitor para que a sentença persista fazendo sentido.

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Crase com a palavra “terra” – quando usar?

A palavra “terra” tem muitos significados, por esse motivo, o emprego da acento grave com esse termo gera muitas dúvidas. Neste artigo, vamos esclarecer quando ocorre a crase. Vejamos!

Conceito de crase

Antes de tudo, é importante relembrarmos o que é a crase. Basicamente, trata-se da fusão entre duas vogais idênticas, representada pelo acento grave (`).

  • a + a = à.

De modo geral, a crase é empregada nas seguintes situações:

  1. encontro da preposição “a” com pronomes demonstrativos (aquilo, aquela, aquele, aquelas, aquelas);
  2. encontro dos artigos definidos “a” ou “as” com a preposição “a”;
  3. encontro da preposição “a” com o pronome demonstrativo “a”.

Significado de “terra”

O termo “terra” é apositivo e substantivo de dois gêneros, além de ser uma flexão verbo terrar (2ª pessoa do singular do imperativo afirmativo e 3ª pessoa do singular do presente do indicativo).

Entre seus diversos significados, podemos destacar:

  • solo;
  • planeta, mundo (inicial maiúscula);
  • terreno;
  • lugar, região, território, localidade;
  • pátria, país de nascimento.

Crase com a palavra “terra”

Basicamente, o uso da crase com a palavra “terra” é definido a partir do significado do termo. Vejamos:

Quando não usar crase com “terra”?

Não se deve empregar a crase com a palavra “terra” quando o termo se opõe a “mar”, “bordo” e “chão” — isto é, significa “terra firme”. Veja os exemplos:

  • Desci do barco e andei até a terra.
  • Os marinheiros desceram a terra assim que o navio aportou.
  • Vamos a terra pois a bordo está muito calor.
  • Após navegar durante muitos dias, finalmente chegamos a terra.

Quando usar crase com “terra”?

A crase é empregada com a palavra “terra” em qualquer outra situação. Veja os exemplos:

  • Ela está se referindo à Terra.
  • Eu e minha família vamos à terra dos meus avós.
  • Os astronautas retornaram à Terra.
  • O pássaro voou próximo à terra.
  • Chegamos à terra natal.
  • Após uma missão espacial, ele voltou à Terra.
  • Voltamos à terra onde nascemos;

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Crase com nomes próprios – quando usar?

Você já se perguntou se o uso da crase com nome próprio é correto? A resposta é: depende. Neste artigo, vamos explicar o porquê. Acompanhe a leitura!

Crase

Primeiro, vale relembrar o conceito de crase. Basicamente, trata-se da união de duas vogais iguais, assinalada pelo acento grave (`).

  • a + a = à.

Geralmente, a crase é empregada em três situações:

  1. encontro da preposição “a” com pronomes demonstrativos (aquilo, aquela, aquele, aquelas, aquelas);
  2. encontro dos artigos definidos “a” ou “as” com a preposição “a”;
  3. encontro da preposição “a” com o pronome demonstrativo “a”.

Crase com nome próprio 

Agora, vamos à explicação sobre crase com nomes próprios masculinos e femininos.

Crase com nomes próprios masculinos

Como vimos acima, a crase é caracterizada  pela fusão de duas vogais idênticas e, por esse motivo, só é empregada, em regra, diante de palavras femininas. Com isso, o acento grave não é usado com nomes próprios masculinos, salvo raras exceções. 

Por exemplo, a crase pode surgir antes de um nome próprio masculino quando a expressão “à moda de” estiver implícita na frase.

  • A música foi cantada à Roberto Carlos (A música foi cantada à moda de Roberto Carlos).
  • Você bateu uma falta à Pelé. (Você bateu uma falta à moda de Pelé).
  • Vamos comer picanha à Oswaldo Aranha no almoço (Vamos comer picanha à moda Oswaldo Aranha).

Crase com nomes próprios femininos 

Já o uso da crase com nomes próprios femininos é facultativo. Em outras palavras, o acento grave pode ou não ser utilizado quando a expressão ou o verbo diante do nome exigir a preposição “a”.

Isso porque usamos o artigo definido “a” antes de alguns nomes próprios femininos, mas não antes de outros. E, normalmente, o que define esse uso é a familiaridade com a pessoa em pauta.

Além disso, também há uma questão regional. No Sul e no Sudeste, por exemplo, o uso do artigo antes de nomes próprios é habitual. 

Em resumo, funciona da seguinte forma: caso você use o artigo definido “a” antes de nomes próprios femininos, pode empregar a crase quando a situação pedir.

  • Confessei à Carla que contei seu segredo à Maria.
  • Confessei a Carla que contei seu segredo a Maria.

Regras gerais

Por fim, existem regras válidas para os dois gêneros. São elas:

  • a crase não é empregada quando o nome de uma pessoa é mencionado formalmente;
  • a crase é empregada se, mesmo formalmente, o nome de uma pessoa for mencionado de forma carinhosa ou afetiva.

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