Língua Portuguesa e Literatura para o Enem

Categoria: Fonética e fonologia (Page 1 of 2)

Qual a diferença entre letra e fonema?

Você já prestou atenção nos diversos sons da língua? A fonologia é a parte da gramática responsável por estudar essa questão e seus impactos na comunicação. 

Observando função, organização e classificação dos sons da língua, a fonologia também abrange aspectos relacionados a divisão silábica, ortografia e acentuação de palavras.

É importante saber a forma adequada de pronunciar as palavras para que a comunicação seja eficaz. Na fonologia, o estudo das particularidades da pronúncia de cada falante é levado em consideração, a partir do que se entende por fonema e letra.

Definição de fonema

Fonema é a menor unidade sonora das palavras. Só na língua portuguesa, existem 34 fonemas! Vale notar que os fonemas quase sempre são representados em barras (/).

Vejamos alguns exemplos:

a) lua: /l/u/a/ (3 fonemas)

b) rua: /r/u/a/ (3 fonemas)

c) tóxica: /t/ó/k/s/i/c/a/ (7 fonemas)

d) começo: /k/o/m/e/s/u/ (6 fonemas)

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Acento diferencial – o que é e quando usar?

A língua portuguesa pode ser confusa se você não atentar para detalhes que farão toda a diferença.

Um detalhe que costuma passar despercebido, sobretudo na forma escrita, é o acento. Neste artigo, o foco será o acento diferencial. 

Como usar o acento diferencial?

O acento diferencial é um recuso para que o falante de língua portuguesa possa distinguir palavras iguais com significados diferentes. O acento diferencial dará o tom e sentido do termo utilizado e pode ser tanto o acento circunflexo (ˆ) quanto agudo (´).

Veja dois exemplos cujo uso do acento diferencial é obrigatório:

  • Palavra: por

Ele terminou comigo por e-mail. (neste caso, “por” é preposição)

Não se esqueça de pôr tudo no lugar. (neste caso, o acento marca a palavra “por” como verbo)

  • Palavra: pode

Você não pode ir agora! (neste caso, a fala se dá no presente)

Você não pôde ir ontem, né? (neste caso, o acento diferencial indica passado, além de modificar levemente a pronúncia da palavra “pode”)

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Til – quando utilizar esse sinal?

O til (~) é um sinal diacrítico, também chamado de notação lexical, que serve para indicar a nasalização das vogais a e o

Quanto ao efeito causado pelo til no timbre e nas cavidades bucal e nasal, o til transforma uma vogal oral em nasal e um timbre aberto em fechado. Para ilustrar, tome as palavras Ana e anã como exemplo.

Apesar de ambas serem constituídas pelas mesmas letras (A e N), o último a de Ana tem o timbre aberto e é uma vogal oral, enquanto o ã de anã, por ter recebido o til, tem o timbre fechado e é uma vogal nasal.

Veja todas as formas de combinação do til com as vogais a e o:

Ã: anã, fã, cristã;

ÃE: mãe, cães, guardiães;

ÃI: cãibra, cãibro, zãibo;

ÃO: cão, fogão, razão;

ÕE: põe, compõe, soluções.

Além desse sinal, as letras m e n também podem marcar a nasalização de vogais. É o que ocorre em: andam, centro, índio, longe e untar.

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Ortoépia e prosódia – definição e exemplos

Ortoépia e prosódia são assuntos da gramática ligados à fonologia, à ortografia e à acentuação.

Provavelmente você já ouviu alguém falar “morTANdela”, “aDEvogado”, “menDINgo”, “RÚbrica”… Porém, todas essas escritas e pronúncias estão em desacordo com a norma culta da língua portuguesa, que as registra assim: “mortadela”, “advogado”, “mendigo”, “rubrica” (em negrito estão as sílabas tônicas).

Portanto, para todos que desejam falar e escrever corretamente as palavras, o estudo da ortoépia e da prosódia é essencial.

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O que é fonética e fonologia?

Na gramática, cabe à fonética e à fonologia estudar esses sons da fala.

Toda vez que falamos em voz alta, produzimos sons pela corrente de ar que sai dos pulmões e percorre determinados órgãos. Esses sons se combinam e formam palavras que, por sua vez, podem ter o sentido alterado se uma parte sonora for modificada.

Como exemplo, podemos tomar as palavras vendo e vento, as quais possuem sons iguais, com exceção do [d] e do [t]. Essa pequena mudança acaba por mudar também o sentido de cada uma dessas palavras.

O que é fonética?

A fonética estuda o aspecto físico dos sons da fala, ou seja, estuda a produção e recepção desses sons. Logo, o seu principal objeto de estudo é o aparelho fonador.

Diversos órgãos formam esse aparelho, tais como a laringe, o esôfago, a traqueia, a epiglote, a língua, os lábios etc. Dessa forma, quando expiramos, o ar sai dos pulmões, passa por esses órgãos e produz os sons da fala.

Assim, interessa à fonética saber como o som de cada vogal e consoante é produzido. Veja a diferença:

Vogal: é produzida com o fluxo de ar passando livremente no trato vocal. É analisada por meio dos seguintes parâmetros: altura, avanço/recuo da língua e arredondamento dos lábios.

Consoante: há sempre na cavidade bucal obstáculo à passagem da corrente expiratória. É analisada por meio dos seguintes parâmetros: ponto articulatório (lugar de articulação), modo articulatório e sonoridade.

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Encontros vocálicos – ditongo, tritongo e hiato

Os encontros vocálicos definem-se como uma sequência de fonemas (sons) vocálicos numa palavra. Exemplos:

  • muito (sequência vocálica –ui)
  • frequente (sequência vocálica –uen)
  • saguão (sequência vocálica –uão)
  • rainha (sequência vocálica –ai)

Esses encontros são representados por vogais e/ou semivogais, as quais são fonemas considerados vocálicos por não haver, durante suas emissões, nenhum obstáculo – língua, lábios, dentes – que se oponha à corrente de ar vinda dos pulmões.

Vejamos a diferença entre esse fonemas:

Vogal

Vogal é o fonema vocálico que se ouve mais distintamente, pois sua pronúncia é forte. As vogais funcionam como base da sílaba, ou seja, não existe sílaba sem vogal. Mais importante ainda: só existe uma única vogal por sílaba. Esses fonemas são representados na escrita pelas letras A, E, I, O, U e Y.

Exemplos:

  • A: casa (ca-sa)
  • E: escola (es-co-la)
  • I: amigo (a-mi-go)
  • O: olho (o-lho)
  • U: untar (un-tar)
  • Y: hobby (hob-by)
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Dígrafo – o que é e como identificar?

O dígrafo define-se como uma sequência de duas letras que representam um só fonema, ou seja, um só som. É o que ocorre na palavra chave, por exemplo, em que a sequência ch é um dígrafo, pois essas duas letras representam um único som, o que nos leva a pronunciar a palavra como se tivesse x: xávi.

Por isso, toda palavra com dígrafo terá o número de letras maior que o número de fonemas. Veja a seguir:

  • chá (3 letras e 2 fonemas)
  • campo (5 letras e 4 fonemas)
  • malha (5 letras e 4 fonemas)
  • queda (5 letras e 4 fonemas)
  • arrastão (8 letras e 7 fonemas)
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Encontro consonantal – o que é, como identificar e exemplos

Um encontro consonantal é a sequência de dois ou mais fonemas consonantais numa palavra. Exemplos:

creme (cr)

– regra (gr)

– ritmo ™

tcheco (tch)

psicologia (ps)

Classificação

Podemos classificar os encontros consonantais em perfeitos e imperfeitos.

1) Encontro consonantal perfeito: também chamado de grupo consonantal, é inseparável, pois os fonemas consonantais pertencem a uma mesma sílaba.

Os mais comuns são os que têm como segunda consoante as letras L ou R:

bloco (blo-co), clima (cli-ma), flores (flo-res), glória (gló-ria), duplo (du-plo), atlas (a-tlas)

branco (bran-co), lacrar (la-crar), sofrer (so-frer), grande (gran-de), prato (pra-to), letra (le-tra)

No entanto, há outros encontros perfeitos não muito incidentes nas palavras, mas que também merecem atenção. São eles: gn, mn, pn, ps, pt, tm, cz.

gnomo (gno-mo), mnemônico (mne-mô-ni-co), pneu (pneu), psicótico (psi-có-ti-co), ptialina (pti-a-li-na), czar (czar).

2) Encontro consonantal imperfeito: também chamado de encontro consonantal disjunto, é separável, pois cada fonema consonantal pertence a uma sílaba.

– absoluto (ab-so-lu-to), convião (con-vic-ção), pacto (pac-to), advento (ad-ven-to), nafta (naf-ta), ritmo (rit-mo), apto (ap-to).

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Paroxítona – o que é, como identificar e exemplos

Uma palavra paroxítona é aquela em que o acento tônico recai sobre a sua penúltima sílaba, como nas palavras proibido (pro-i-bi-do) e cil (-cil).

Para entender melhor, precisamos revisitar alguns conceitos.

Sílaba tônica e sílaba átona

Numa palavra, nem todas as sílabas são pronunciadas com a mesma intensidade. Faça o teste com a palavra coração e fale-a em voz alta repetidas vezes. Perceba como a sílaba –ção soa mais forte que as sílabas –co e –ra.

Dessa forma, classificamos as sílabas conforme a intensidade como são pronunciadas. Assim temos:

Sílaba tônica: aquela pronunciada com alta intensidade.

– a-mar

mai-o

– co-ra-ção

pês-se-go

– pro--ti-po

Perceba como sempre há apenas uma sílaba tônica por palavra e ela se encontra em uma das três sílabas finais (caso a palavra apresente três sílabas).

Sílaba átona: aquela pronunciada com baixa intensidade.

a-mar

– mai-o

cora-ção

– pês-sego

pro-tó-tipo

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Hiato – o que é e como identificar?

O hiato é um tipo de encontro vocálico que se define por ser o encontro de duas vogais numa palavra não separada silabicamente. Exemplos:

– ps

– enjoar

– sda

– piada

– ruim

Como só é possível haver uma vogal por sílaba, ao realizarmos a divisão silábica dessas palavras, cada vogal do hiato se encontrará em uma sílaba diferente da outra. Veja:

– país

– en-jo-ar

– sa-í-da

– pi-a-da

– ru-im

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