Língua Portuguesa e Literatura para o Enem

Categoria: Sintaxe (Page 1 of 4)

Funções morfossintáticas do “que”

A palavra “que” tem diferentes funções morfossintáticas na língua portuguesa. Ela pode ser substantivo, pronome relativo, preposição, advérbio de modo, partícula expletiva, interjeição, partícula iterativa, conjução coordenativa e conjunção subordinativa.

Neste artigo, vamos explicar em detalhes como identificar as diferentes funções desse termo. Confira!

menino negro
Veja algumas funções da palavra QUE

1) Substantivo

O que é substantivo quando está acompanhado de um artigo. Nesse caso, ele sempre será acentuado.

ex: Ela tem um quê de cozinheira.

2) Pronome adjetivo

Como pronome adjetivo, o “que” pode ser interrogativo, exclamativo ou indefinido.

ex¹: Que horas ela chega? (interrogativo).

ex²: Que beleza de cidade é Brasília. (exclamativo).

ex³: Que situação complicada estamos vivendo. (indefinido).

3) Pronome relativo

O “que” exerce funciona como pronome relativo quando retoma um termo citado na oração anterior. Nesse sentido, ele introduz uma oração adjetiva restritiva ou explicativa.

ex¹: Esses são os jogadores que vão a campo hoje. (restritiva).

VEJA: Esses são os jogadores. Os jogadores vão a campo hoje.

ex²: A executiva, que estava licenciada, voltou ao trabalho para salvar a empresa. (explicativa).

VEJA: A executiva estava licenciada.

4) Preposição

O “que” é preposição quando substitui o “de” entre verbos.

ex: Tenho que sair amanhã bem cedo, porque tenho uma reunião.

VEJA: Tenho de sair amanhã bem cedo…

Continue reading

Equipolência interoracional – conceito e exemplo

Afinal de contas, o que é equipolência interoracional? Neste artigo, vamos destrinchar esse conceito e trazer exemplos dessa forma de construção. Vejamos!

Conceito

De acordo com o gramático Evanildo Bechara, da mesma forma que “uma oração pode depender de outra subordinada, assim também duas ou mais orações
subordinadas podem servir à mesma principal”.

Em outras palavras, uma oração principal pode ter duas ou mais orações subordinadas que estão coordenadas entre si. Esse fenômeno é chamado de equipolência interoracional.

Continue reading

Análise morfológica x Análise sintática – qual a diferença?

Língua Portuguesa, em muitos casos, causa arrepios nos estudantes, e no topo dessa lista está a temida análise sintática. Mas a nossa função aqui é mostrar que ela não é um bicho-de-sete-cabeças. E o primeiro passo é entender direitinho do que ela trata, até porque ela contribui muito para a construção de um texto bem escrito (ou mesmo falado).

Para começo de conversa, vamos dar alguns passos para trás. É importante lembrar que letras e sílabas existem como fragmentos de algo maior – a palavra, que é quem tem sentido, que exprime uma ideia, de algo concreto ou não.

A seguir, vale destacar que toda língua (a Portuguesa, no nosso caso) é regida por um conjunto de normas para seu perfeito uso. A essas regras, damos o nome de Gramática. A título de estudo, a Gramática se divide em Fonética, Morfologia e Sintaxe.

Opa, voltamos, então, ao que nos interessa. Vamos agora entender a diferença entre análise sintática e análise morfológica.

Continue reading

Objeto direto preposicionado x Objeto indireto: como diferenciar?

Na gramática, os complementos verbais são aqueles cuja função é a de complementar o sentido de determinados verbos. Objeto direto e objeto indireto são exemplos de complementos verbais. 

O objeto direto complementa um verbo transitivo direto, sem a preposição, como nos exemplos a seguir:

  • Maria ama João. 
  • Ele vendia doces.
  • Adoramos o cabelo dela.

O objeto indireto complementa um verbo transitivo indireto, com a preposição, como nos exemplos a seguir:

  • Maria gosta do João.
  • Pedro precisa da sua ajuda.
  • Necessito de água.

Há casos, porém, em que temos o objeto direto preposicionado, mas, antes de chegarmos a ele, vamos a uma explicação detalhada sobre como diferenciar objeto direto e objeto indireto.

Continue reading

Adjunto adnominal x Aposto especificativo – como diferenciar?

Na língua portuguesa, há muitos termos sintáticos que podem ser confundidos. É o caso do adjunto adnominal e do aposto especificativo, pois ambos possuem a mesma estrutura. No artigo de hoje você vai entender como identificar e utilizar cada um.

O que é aposto especificativo?

Também chamado aposto especificador, é o termo que especifica um substantivo. Diferente de outros tipos de aposto, o especificativo geralmente é um nome próprio, não isolado por vírgulas.

Lembrando que todo aposto tem como função oferecer mais informações sobre o que está sendo enunciado.

Quanto ao aposto especificativo, é comum encontrá-lo acompanhado das preposições “de”, “da” e “do”.

Vejamos os exemplos:

  • Visitei a cidade de Curitiba.
  • Sou fã da cantora Ivete Sangalo.
  • O estado do Paraná possui muitas montanhas.

Aqui, vem a dica: se pudermos retirar “de”, “de” e “de” das orações acima sem que a frase deixe de fazer sentido, então estamos mesmo diante de um aposto e não de um adjunto adnominal.

Observe:

  • Visitei Curitiba. (é sabido que Curitiba é uma cidade, mas, para garantir ênfase, aplicamos o aposto)
  • Sou fã da Ivete Sangalo. (famosa, Ivete é uma cantora popularmente conhecida, mas pode ser importante incluir o aposto se você estiver diante de alguém que não a conhece)
  • Paraná possui muitas montanhas. (mesmo sem a informação que Paraná é um estado, o restante da oração não foi prejudicado)
Continue reading

Período simples e composto: características e diferenças

Período é uma frase formada por uma ou mais orações, por isso deve apresentar pelo menos um verbo ou locução verbal.

O início do período se dá com a letra maiúscula que inicia a frase e termina em ponto, ponto de interrogação, ponto de exclamação ou reticências.

Exemplos de períodos:

– Durante as suas férias, conheceu todo o Sul do Brasil.

– A jornalista garantiu que chegará a tempo!

Seria este o homem dos meus sonhos?

Perceba que todas as frases acima são orações, pois apresentam um ou mais verbos, começam com letra maiúscula e terminam com algum tipo de pontuação. Dessa forma, cada uma dessas três frases constituem um período.

O período também pode ser classificado em simples e composto. Veja a diferença a seguir.

Continue reading

Complemento nominal – o que é e como identificar?

O complemento nominal é um termo integrante da oração que completa o sentido de certos nomes (substantivo, adjetivo ou advérbio terminado em -mente).

É obrigatoriamente regido por preposição e normalmente tem valor semântico passivo, ou seja, a ação recai sobre ele. Exemplo:

– Temos certeza da vitória.

O complemento nominal é da vitória, pois liga-se ao substantivo certeza, está acompanhado da preposição de e tem valor semântico passivo, pois quem tem a certeza (sujeito agente) é o sujeito oculto nós.

Continue reading

Orações intercaladas – o que é e como identificar?

Orações intercaladas, também chamadas de interferentes, são aquelas que acrescentam um comentário em relação ao que está sendo dito em outra oração e não exercem função sintática no período.

Tais orações aparecem sempre isoladas por vírgula, travessão, parênteses ou colchete e o comentário que realizam costuma ser uma opinião, observação, desejo, desculpa, ressalva ou advertência do emissor.

Exemplo de oração intercalada:

– Tu necessitas (mais uma vez eu digo) de bom-senso.

Perceba que temos duas orações no período acima:

1. Tu necessitas de bom-senso.

2. mais uma vez eu digo.

A primeira é a que contém a mensagem principal que se quer passar; a segunda, no entanto, foi incorporada à primeira com os parênteses para acrescentar um comentário.

Portanto, chamamos a segunda de oração intercalada, e por não haver conectivo para ligá-la à primeira, foi incorporada a ela por justaposição. Dessa forma, podemos dizer que as orações intercaladas são um tipo de oração justaposta.

Continue reading

Sintaxe – conceito, usos e exemplos

A sintaxe é um conjunto de regras sobre as diversas possibilidades de associação de palavras em uma frase, oração ou período. Neste artigo, você vai encontrar tudo que precisa saber sobre esse tema. Confira!

O que é sintaxe?

Sintaxe é a parte da gramática que estuda as relações existentes entre as palavras na oração e as ordens de construção dos períodos simples e compostos.

Esse campo de estudo analisa as principais combinações lógicas entre os diferentes termos e como elas influenciam no sentido do enunciado.

O que é sintaxe e exemplos de sintaxe.

O que é frase, oração e período?

Quando falamos de sintaxe, é necessário, primeiramente, estabelecer a diferença entre frase, oração e período.

1. Frase: é todo enunciado que estabelece comunicação. Pode se dividir em:

a) Frase nominal: não apresenta verbo.

– Cuidado!

– Bom dia!

b) Frase verbal: apresenta verbo ou locução verbal.

– Reduza a velocidade.

– Aonde você pretende chegar?

2. Oração: é o enunciado que apresenta verbo ou locução verbal, ou seja, é uma frase verbal.

– Este professor é incrível!

Será que ela gosta de mim?

3. Período: é o enunciado que apresenta uma ou mais orações. Começa com letra maiúscula e termina com ponto, ponto de interrogação, ponto de exclamação ou reticências. Pode se dividir em:

a) Período simples: apresenta uma oração.

Quero muito este carro!

Espero reconhecimento pelo trabalho.

b) Período composto: apresenta duas ou mais orações.

– As alunas garantem que chegarão a tempo.

– Eu quero, eu posso, eu consigo!

Continue reading
« Older posts

© 2024 Clube do Português

Theme by Anders NorenUp ↑

#CodigoClever