Agilidade, agressividade e ironia: o livro Clube da Luta é um retrato de uma geração. Nele o autor, Chuck Palahniuk, usa uma série de estratégias narrativas que casam perfeitamente com o espírito da época digital que estamos vivendo.
Neste texto, separei três delas para você aplicar ao seu conteúdo.
1) PARATAXE
É uma figura de linguagem que consiste em usar várias frases curtas justapostas sem nenhum conectivo ligando uma a outra.
Esse recurso ajuda a dar mais dinâmica e ritmo ao texto. Veja um trecho abaixo:
“Troca feita. O filme continua. Ninguém na plateia tem ideia do que aconteceu” (p.30).
2) DISFEMISMO
Trata-se do uso de uma expressão mais agressiva, e até depreciativa, em lugar de uma mais neutra.
Isso é caracterizado pelo uso de uma linguagem ácida. A ideia é impactar o leitor e chamar a atenção para o texto.
Veja um trecho do livro que ilustra essa figura de linguagem:
Ex: “Com estrogênio demais, você ganha uns tetões” (p.16).
Perceba que dizer “ganha uns tetões” é muito mais impactante do que “os peitos aumentam de volume”.
3) PROLEPSE
É a famosa antecipação ou looping aberto. Você adianta uma parte da narrativa que só vai ser completada mais para frente.
Com isso, o leitor fica curioso querendo saber o desfecho daquilo que foi apresentado.
Um exemplo clássico disso no livro é o primeiro capítulo.
Sem nenhum contexto, o autor começa a descrever a cena em que os dois personagens estão em um prédio que está desmoronando e um está com uma arma na boca do outro.
Isso desperta uma vontade imensa de continuar a leitura para entender por que tudo aquilo está acontecendo.
Gostou do texto? Então, vale a pena conferir a playlist que preparamos sobre figuras de linguagem:
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.