Serviços não-essenciais ou não essenciais – tem hífen?

Com a crise causada pela Covid-19, muito se tem falado sobre os serviços não essenciais. Ou seria não-essenciais? Neste artigo, vamos mostrar se a expressão tem ou não tem hífen. Vejamos!

“Não” e o hífen

Antes da Reforma Ortográfica, o termo “não” como prefixo, em determinados casos, ligava-se ao substantivo por hífen.

Essa regra, contudo, foi alterada. Atualmente, nenhuma palavra composta formada pelo prefixo “não” recebe hífen.

Logo, a forma correta é: serviços não essenciais.

ex: Em momentos de lockdown, os governantes estabelecem o fechamento dos serviços não essenciais.

Classificação do “não”

Originalmente, o vocábulo “não” exercia somente a função de advérbio de negação.

ex: Ele não veio trabalhar hoje.

Contudo, com o passar do tempo, esse termo passou também a ser usado como prefixo. Isso ocorreu, porque os prefixos que, em geral, indicam negação, como o des- e in-, não podem ser usados com todas as palavras.

Por exemplo, o contrário de fumante não é “desfumante” ou “infumante”.

Dessa forma, o prefixo “não” apareceu para solucionar esses casos, o que trouxe mais clareza à nossa língua. Afinal, essa palavra expressamente claramente a ideia de antagonismo.

ex: não fumante, não cumulativo, não escrito, não essencial.

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