Segundo Cérebro: como aplicar na preparação para concursos?

Estudar para concursos públicos exige lidar com uma enorme quantidade de informações, desde leis e doutrinas até questões práticas e atualidades. Nessa jornada, é comum sentir-se sobrecarregado e esquecer conteúdos importantes. É aqui que o método do Segundo Cérebro, criado por Tiago Forte, se torna um grande aliado.

Baseado na ideia de externalizar o conhecimento, o método ajuda você a capturar, organizar e reter informações de forma prática e eficiente. Neste artigo, vamos mostrar um passo a passo de como utilizar essa estratégia na busca pelo cargo público. Confira!

Segundo cérebro: como aplicar nos concursos?

O que é o método do Segundo Cérebro?

O método do Segundo Cérebro é uma abordagem de organização pessoal que transforma ferramentas digitais (ou analógicas) em um sistema para armazenar e gerenciar informações.

Nesse sentido, ele se baseia no conceito de que não precisamos guardar tudo na mente, mas sim criar um sistema confiável onde essas informações possam ser registradas e recuperadas quando necessário.

Segundo Tiago Forte, “um segundo cérebro é um sistema para organizar digitalmente seus mais valiosos trabalhos, notas e ideias”. Por isso, seu objetivo principal é liberar espaço mental, permitindo que você foque em analisar, criar e aplicar o conhecimento em vez de apenas tentar lembrá-lo.

O método é guiado pelos pilares do CODE:

  1. Capturar: registrar tudo o que for relevante.
  2. Organizar: estruturar as informações de forma lógica.
  3. Destilar: extrair o que realmente importa.
  4. Expressar: usar as informações para resolver problemas e criar conteúdos.

Por que usar o método nos estudos para concursos?

O Segundo Cérebro é ideal para concurseiros porque:

  • Permite organizar de forma eficiente o grande volume de informações que precisa ser estudado.
  • Facilita a revisão periódica de conteúdos.
  • Melhora a retenção de informações ao transformá-las em insights organizados.
  • Ajuda a conectar diferentes disciplinas, o que é essencial para provas interdisciplinares e discursivas.

Nesse contexto, Tiago Forte explica que “o cérebro humano é excelente para ter ideias, mas péssimo para armazená-las. O segundo cérebro assume essa função para que você foque no que importa: pensar e criar.”

Como aplicar o método na preparação para concursos?

O método pode ser facilmente integrado à sua rotina de estudos por meio de quatro passos: capturar, organizar, destilar e expressar.

1. Capturar: registre formações relevantes

Capturar é o primeiro passo para alimentar seu Segundo Cérebro. Assim, a ideia é registrar todas as informações importantes que você encontra em materiais de estudo, aulas e simulados.

Dicas práticas:

  • Anote os principais tópicos de uma aula.
  • Registre insights de livros, PDFs ou questões resolvidas.
  • Use ferramentas digitais como:
    • Notion: para criar bancos de dados organizados.
    • Evernote: para anotações rápidas.
    • Google Keep: para listas e lembretes.

Exemplo: se você está estudando Direito Constitucional, registre em um aplicativo as principais características do artigo 5º da Constituição e suas aplicações práticas.

2. Organizar: estruture o conhecimento

Depois de capturar as informações, organize-as de forma lógica. Nesse sentido, Tiago Forte recomenda o método PARA para estruturação:

  • Projetos: esforços temporários com objetivos claros (ex: “Prova da Receita Federal”).
  • Aréas: responsabilidades contínuas (ex: Língua Portuguesa, Direito Administrativo).
  • Recursos: materiais de referência (ex: resumos de leis, PDFs de aulas).
  • Arquivos: informações concluídas para consulta futura (ex.: simulados corrigidos).

Dicas práticas:

  • Divida o conteúdo por disciplinas e temas.
  • Use etiquetas e pastas para facilitar a busca.
  • Crie links entre temas relacionados, como “Princípios Constitucionais” e “Atualidades”.

Exemplo de organização:

DisciplinaTemaData da RevisãoStatus
Língua PortuguesaConcordância Verbal25/01Revisado
Direito ConstitucionalPoder de Polícia28/01A revisar
Raciocínio LógicoProgressões Aritméticas30/01Em andamento

3. Destilar: extraia o essencial

Destilar significa simplificar e destacar as informações mais importantes. Afinal, isso facilita a revisão e a memorização.

Como destilar:

  • Resuma em tópicos: crie notas curtas que contenham apenas as informações mais relevantes.
  • Destaque o que é essencial: use marcadores e cores para identificar os pontos que merecem mais atenção.
  • Use o método Feynman: explique o conteúdo como se estivesse ensinando a outra pessoa.

Como afirma Fortes, “destilar é o processo de transformar informações brutas em insights valiosos”, .

Exemplo:

Em um tema como “concordância verbal“, seu resumo pode ser algo assim:

  • Regra geral: o verbo concorda com o sujeito em número e pessoa.
  • Exceções: sujeito composto anteposto → verbo no plural.

4. Expressar: aplique o conhecimento

O último passo é colocar o conhecimento em prática. Dessa forma, revisar, resolver questões e escrever redações com base nas suas anotações são formas de consolidar o aprendizado.

Dicas práticas:

  • Resolva questões e registre seus erros para revisões futuras.
  • Use suas anotações como base para simulados discursivos.
  • Crie mapas mentais conectando disciplinas.

Benefícios do método para concurseiros

  • Menos estresse: externalizar o conhecimento reduz a sobrecarga mental.
  • Revisões mais rápidas: informações bem organizadas economizam tempo na reta final.
  • Maior clareza nos estudos: resumos ajudam a compreender melhor os conteúdos.

Conclusão

O método do Segundo Cérebro é uma ferramenta poderosa para quem está se preparando para concursos. Ele organiza sua rotina de estudos, melhora a retenção de informações e torna as revisões mais eficientes. Como Tiago Forte enfatiza: “O cérebro humano é excelente para criar ideias, mas péssimo para armazená-las”.

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