Língua Portuguesa e Literatura para o Enem

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Em cima x Encima – quando usar cada um?

Em cima e encima são duas expressões que existem na língua portuguesa. Neste artigo, vamos mostrar como e quando utilizar cada termo. Confira!

Encima ou em cima? Qual é o correto?

As duas formas estão corretas, mas possuem usos e significados distintos.

Em cima é uma locução adverbial de lugar. Já encima é uma conjugação do verbo encimar. Vamos conferir com mais detalhes quando usar cada uma das expressões.

Quando usar “em cima”?

A expressão em cima, como dito anteriormente, é uma locução adverbial de lugar. Ela é forma pela combinação da preposição “em” com o substantivo feminino “cima”.

Ela deve ser utilizada quando quisermos indicar que algo está em uma parte superior. Vejamos alguns exemplos de uso dessa construção:

  • A caixa de presente estava em cima da mesa.
  • Em cima daquele morro, vive um ermitão.
  • O jogador tropeçou e caiu em cima do companheiro de equipe.

Vale descatar que, apesar de a locução em cima ser escrita separada, a expressão embaixo, que é seu antônimo, deve ser escrita em uma só palavra.

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Classificações da palavra “só”

A palavra “pode ser classificada como adjetivo ou advérbio, dependendo da forma como é empregada. No artigo de hoje, vamos falar detalhadamente sobre esse assunto. Acompanhe!

Sobre a semântica da palavra “só”

A partir do momento em que compreendemos as características que estabelecem as classes gramaticais, descobrimos que algumas delas são variáveis, como os:

  • substantivos;
  • artigos;
  • adjetivos;
  • numerais;
  • pronomes;
  • verbos. 

Além dos destacados, compondo aqueles que não se flexionam, temos também os advérbios, as preposições e as conjunções.

Assim, sabemos que muitas são as palavras que podem se apresentar de forma idêntica, porém por meio de significados diferentes, como a palavra “só” que, em alguns casos é demarcada como adjetivo, e em outros, como advérbio. 

Isso quer dizer que, para a enquadrarmos na classificação correta, devemos entender qual o seu contexto atual, verificando quanto as flexões que a ela se aplicam. Vamos, portanto, aos exemplos.

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Certo x Serto – qual a forma correta?

Como dizem por aí: “o certo não está errado”. Acrescento: “o serto é que está errado”. A palavra tem origem no termo latino certus, que significa seguro, determinado e garantido (e, como se observa, também é grafado com “c”).

Em geral, a dúvida sobre a grafia da palavra “certo” até pode ter vindo do fato de que a consoante “c” antes das vogais “e” e “i” tem o mesmo som de “s”, como em “coceira”, “sensível”, “agência” e “símbolo”.

Mas arrisco dizer que a versão “serto” “pegou” mesmo por um uso bem peculiar nas redes sociais: é cada vez mais comum vermos a aplicação deliberada da grafia incorreta de algumas palavras nos posts do Twitter, Facebook, Instagram e WhatsApp. 

Em sua maioria, a intenção é produzir um efeito irônico ou cômico, como no caso da adoção do termo “çei”, que é usado no lugar de “sei”, para produzir um tom jocoso (e pejorativo).

Se a gente for se ater apenas à questão ortográfica, seguindo a mesma lógica do entendimento sobre a origem etimológica das palavras, as versões cognatas de “certo” também são escritas com “c”: “certeza”; “certamente”; “certificado”, entre outras.

Significado de certo

Certo é sinônimo de correto; exato; seguro; convencido. Em outras palavras, é aquilo que é verdadeiro, em que não há erro, defeito ou imperfeição. 

Pode ser também significa o que é seguro, o que não admite dúvidas e demonstra convencimento; uma combinação, acordo firmado; algo não especificado; ou ainda algo que se diferencia dos demais.

Para fixar esses significados, deixo aqui alguns exemplos:

  • De acordo com o gabarito da prova, a alternativa certa é a D.
  • Andar na contramão não está certo.
  • É certo que irei viajar amanhã pela tarde.
  • Um certo médico me atendeu no posto de saúde.
  • Certas pessoas não têm caráter algum.

Classificação gramatical

O termo possui diversas classificações e significados. Pode ser substantivo, adjetivo, pronome, advérbio e até verbo.

Como verbo, “certar” se refere ao ato de combater, pleitear, discutir, debater. É uma forma quase desconhecida, mas pode ser conjugada normalmente – na primeira pessoa do singular do presente do indicativo, fica “eu certo”.

Como adjetivo, não suscita dúvida ou apresenta irregularidades: indica algo que é correto, exato, garantido. Refere-se a alguma coisa combinada, acertada e ajustada, ou ainda a algo adequado, apropriado e conveniente. Exemplos:

  • Este plano não está certo.
  • Este é o momento certo de agir.
  • É certo que ela vai te deixar na mão.

Agora, “certo” é facilmente identificado como pronome indefinido se puder ser sinônimo de um, algum, qualquer. Pode ainda indicar quantidade, pessoa ou algo indeterminado. Assim:

  • Certo dia iremos embora daqui.
  • Não tenho maturidade para certos comentários.
  • Certo sujeito é muito ousado.

Na forma de advérbio, “certo” transmite a ideia de certeza ou de precisão, sendo sinônimo de certamente, corretamente e bem. Veja:

  • É pena que ele só aja certo consigo.
  • O maestro precisa de calma e concentração para reger certo a orquestra.

Com a função de substantivo, a palavra nomeia algo considerado correto, adequado. Neste caso, a palavra deve ser precedida por um artigo: o certo.

  • Isto aqui é que é o certo.
  • Não troque o certo pelo duvidoso.

Adentro x A dentro – quando usar cada um?

Ainda que possuam grafias muito parecidas, algumas expressões na Língua Portuguesa possuem significados diferentes. É o caso da dupla adentro e a dentro. Neste artigo, vamos mostrar como e quando utilizar cada uma. Vejamos!

Adentro – quando usar?

O vocábulo adentro é um advérbio que tem o sentido de “em direção ao interior de algo”, “dentro de”, “no meio de”, dentre outros. 

É uma palavra gerada a partir da formação por uma justaposição, isto é, combinação da vogal “a” + a palavra “dentro”. O termo tem como antônimo o vocábulo “afora”. Vejamos alguns exemplos com o uso dele:

  • Ela fugiu de casa pela noite adentro.
  • Ele empurrou toda a bebida pela goela adentro.
  • Vou trabalhar pela madrugada adentro.
  • Eles saíram pela viela adentro.

O termo adentro também pode funcionar como a conjugação do verbo adentrar na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo:

  • Eu adentro
  • Tu adentras
  • Ele adentra
  • Nós adentramos
  • Vós adentrais
  • Eles adentram
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Advérbio x Pronome Indefinido – como diferenciar?

Qual a diferença entre o advérbio e o pronome indefinido? Neste artigo, vamos resolver essa dúvida e mostrar como identificar cada termo. Vejamos!

O que é advérbio?

Advérbio é uma classe gramatical das palavras que pode modificar verbos, adjetivos e até outro advérbio, mas jamais modificará um substantivo. Exemplos de advérbios são: 

  • Cheguei tarde (advérbio de tempo);
  • Ele comeu devagar (advérbio de modo);
  • Eu estou aqui (advérbio de lugar).

Há ainda outros tipos de advérbios (intensidade, afirmação, negação, dúvida), mas, por agora, vamos focar no conceito geral e na confusão que ocorre quando falamos em pronomes indefinidos. 

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Funções e usos do “como”

O vocábulo como, da mesma forma que diversos outros vocábulos da língua portuguesa, apresenta muitas classificações morfológicas e sintáticas.

Para identificar corretamente a sua classificação, é indispensável analisar o contexto em que está inserido. Portanto, veja abaixo as classificações possíveis para o vocábulo como, além de suas variações semânticas.

1. Substantivo

O como será substantivo sempre que aparecer acompanhado de algum determinante (artigo, adjetivo, pronome ou numeral). Neste caso, poderá exercer todas as funções sintáticas próprias de substantivo.

– Já sabemos tudo sobre o como. Estamos prontos para a prova!

– Este “como” está ambíguo.

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Regência nominal – o que é, principais casos e exemplos

Regência nominal é a relação entre substantivo, adjetivo ou advérbio e seus possíveis complementos, o que geralmente ocorre por meio de preposição.

Exemplos de regência nominal:

– O acesso aos comprovantes se dá por meio do aplicativo. (substantivo acesso pede a preposição a)

– O professor está orgulhoso de seus alunos. (adjetivo orgulhoso pede a preposição de)

– O guerreiro reagiu favoravelmente a seus adversários. (advérbio favoravelmente pede a preposição a)

Como existem inúmeros casos de regência nominal, veja a seguir algumas dicas que podem te ajudar a deduzir a regência de um nome.

Nome derivados de verbos

Muitos nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Portanto, conhecer o regime de um verbo significa conhecer o regime dos nomes cognatos na maioria das vezes.

Um bom exemplo é o verbo obedecer. Tanto ele quanto os nomes derivados dele são regidos por complementos introduzidos pela preposição a. Observe:

– Quem obedece, obedece a algo ou a alguém. (Regência verbal)

– Quem é obediente, é obediente a algo ou a alguém. (Regência nominal)

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Complemento nominal – o que é e como identificar?

O complemento nominal é um termo integrante da oração que completa o sentido de certos nomes (substantivo, adjetivo ou advérbio terminado em -mente).

É obrigatoriamente regido por preposição e normalmente tem valor semântico passivo, ou seja, a ação recai sobre ele. Exemplo:

– Temos certeza da vitória.

O complemento nominal é da vitória, pois liga-se ao substantivo certeza, está acompanhado da preposição de e tem valor semântico passivo, pois quem tem a certeza (sujeito agente) é o sujeito oculto nós.

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As 10 classes gramaticais

Devido a uma semelhança morfológica, as palavras de nossa língua são divididas em dez classes gramaticais, também chamadas de classes de palavras.

Essas classes são: substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição. Vejamos uma por uma a seguir.

Flexão das palavras

Quanto à flexão, as dez classes gramaticais se dividem em variáveis e invariáveis:

  1. Variáveis – são as palavras que variam em:
  • gênero e número: substantivo, adjetivo, artigo e numeral;
  • pessoa, gênero e número: pronome;
  • pessoa, número, modo, tempo e voz: verbo.
  1. Invariáveis – são as palavras que não apresentam flexões: advérbio, preposição, conjunção e interjeição.

1. Substantivo

O substantivo é a palavra que nomeia tudo o que existe ou o que imaginamos existir. 

Quanto à forma, pode ser classificado em:

a) primitivo: pedra, motor, trovão.

b) derivado: pedreira, motorista, trovoada.

c) simples: fruta, pão, granjeiro, chuva, pedra.

d) composto: fruta-pão, hortifrutigranjeiro, chuva-de-pedra.

Quanto à significação, pode ser classificado em:

a) comum: homem, mulher, rio, remédio, cidade.

b) próprio: Jonas, Vanessa, São Francisco, Neosaldina, São Paulo.

c) abstrato: ódio, amor, beijo, toque, fé.

d) concreto: chuva, relógio, luz, Deus, Diabo.

e) coletivo: boiada, rebanho, tropa, vara, horda.

Quanto à flexão, pode apresentar:

a) Flexão em gênero: o substantivo pode ser masculino ou feminino. Exemplos: 

– gato, gata / homem, mulher / o jacaré macho, o jacaré fêmea.

b) Flexão em número: o substantivo pode ser singular ou plural. Exemplos:

– gato, gatos / homem, homens / mulher, mulheres.

Quanto à variação em grau, pode apresentar:

a) grau aumentativo: homem grande, homenzarrão, casa gigante, casarão.

b) grau diminutivo: homem miúdo, homenzinho, casa pequena, casinha.

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Porventura x Por ventura – qual a diferença?

Porventura e por ventura: as duas expressões existem na língua portuguesa, mas possuem significados distintos. Neste artigo, vamos mostrar quando e como utilizar cada uma delas. Vejamos!

Porventura

Porventura é um advérbio que significa “por acaso” ou “por hipótese”. Essa palavra é sinônima de: quiça, talvez, possivelmente, quem sabe.

Vejamos alguns exemplos de uso desse termo:

  • Se porventura você passar aqui amanhã, avise para tomarmos um café.
  • Porventura já deixei de cumprir algum compromisso com você, meu amigo?
  • Pode ser que porventura eu não consiga ir à escola amanhã.
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