Língua Portuguesa e Literatura para o Enem

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Análise sintática na prática!

Análise sintática na prática

O objetivo deste texto é mostrar o passo a passo de uma análise sintática. Vamos lá!

PERÍODO: As redes estaduais poderão fazer adaptações preliminares, já que o Ministério da Educação condiciona a implementação de pontos da reforma à conclusão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

1º PASSO: Identificar o número de orações

Para fazer isso, é necessário encontrar os verbos.

As redes estaduais poderão fazer adaptações preliminares, já que o Ministério da Educação condiciona a implementação de pontos da reforma à conclusão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Identificamos dois verbos. Ou melhor, uma locução verbal (poderão fazer) e um verbo (condiciona).

2º PASSO: Analisar cada oração separadamente

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Sujeito SEMPRE sem preposição

Muitas vezes,  é complicado acertar a concordância em frases com sujeitos que possuem adjuntos adnominais longos.

Ex.: A falta crônica de água de esgoto e de escola nas periferias são um problema para a humanidade.

Para evitar esse equívoco, basta se lembrar que sujeito nunca vem acompanhado de preposição. NUNCA!

Como acertar a concordância?

Para acertar a conjugação, vamos identificar as preposições. Vejamos:

Ex²: A falta crônica de água de esgoto e de escola nas periferias é um problema para a humanidade.

Perceba que o único termo não preposicionado é “falta”, logo estamos diante de um sujeito simples. Então a conjugação correta do verbo ser é:

ex³: A falta crônica de água de esgoto e de escola nas periferias é um problema para a humanidade.

Preposição “de”

Outro erro comum que envolve sujeito preposicionado é a equivocada contração da preposição “de” com o artigo definido masculino “o” que compõem o sujeito de uma oração. Vejamos um exemplo:

  • Já é hora dos deputados votarem o projeto. (errado)
  • Já é hora de os deputados votarem o projeto. (certo)

Existe algum caso de sujeito preposicionado?

Para terminar, vale ressaltar que alguns gramáticos mais antigos, como Rebelo Gonçalves e de Eduardo Carlos Pereira, consideravam legítima a contração da preposição com o artigo que inicia o sujeito de uma oração.

Em outras palavras, esses estudiosos chancelavam um caso de sujeito preposicionado.

ex: Amanhã é dia dele ir à academia.

Destaca-se, contudo, que atualmente esse tipo de construção é vista pela maioria dos gramáticos como uma infração da norma culta. Por isso, deve ser evitada.

ex: Amanhã é dia de ele ir à academia.

*

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Pronome do caso reto x pronome do caso oblíquo

pronome-reto-pronome-obliquo Pronomes pessoais são aqueles que tomam o lugar dos substantivos e que representam as pessoas do discurso. Eles se dividem em retos e oblíquos. Neste artigo, vamos explicar cada um desses conceitos e quando utilizar cada um desses grupos de pronomes. Vejamos!

Retos

O pronomes pessoais do caso reto são aqueles que exercem a função sintática de sujeito ou predicativo do sujeito. ex: Eles lhe compraram doces. (sujeito) ex: As pessoas mais felizes dessa cidade são eles. (predicativo do sujeito) Eles estão divididos assim:

– 1ª pessoa do singular: eu

– 2ª pessoa do singular: tu

– 3ª pessoa do singular: ele, ela

– 1ª pessoa do plural: nós

– 2ª pessoa do plural: vós

– 3ª pessoa do plural: eles, elas

Oblíquos

Os pronomes pessoais do caso oblíquo são aqueles que exercem o papel de complemento nominal, objeto direto e objeto indireto.

ex: Deram-lhes doces.

Eles se dividem em átonos e tônicos. Vejamos como e quando usar cada grupo.

Pronome oblíquo átono

Átonos são os que não são precedidos de preposição e possuem acentuação fraca (átona).

Ex: Eu o vi no mercado ontem.

Os pronome oblíquos átonos estão divididos da seguinte maneira:

– 1ª pessoa do singular (eu): me

– 2ª pessoa do singular (tu): te

– 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe

– 1ª pessoa do plural (nós): nos

– 2ª pessoa do plural (vós): vos

– 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes

Pronome oblíquo tônico

Já os pronomes oblíquos tônicos são, geralmente, precedidos por preposições (a, para, de e com). Esses pronomes exercem a função sintática de objeto indireto.

ex: Eles entregaram os presentes para mim.

Os oblíquos tônicos estão divididos da seguinte forma:

– 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo

– 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo

– 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela

– 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco

– 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco

– 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas

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Qual a diferença entre frase, oração e período?

Frase-oracao-periodo Qual a diferença entre frase, oração e período? Segundo Celso Cunha e Lindley Cintra, na Nova Gramática do Português Contemporâneo, essas três construções possuem características distintas. Neste artigo, vamos explicar cada uma delas. Vejamos!

Frase

Frase é um enunciado com sentido completo. Cunha e Cintra explicam que as frases podem ser constituídas de: a) Apenas uma palavra: ex: Fogo! e Cuidado! b) De muitas palavras, entre as quais pode ou não estar um verbo: ex. com verbo: Por um tempo, vivi em Minas Gerais. ex sem verbo: Ó vida! Ó azar! Ó sorte!

Tipos de frase

Existem cinco tipos principais de frases: 1) Frase declarativa: não apresentam uma entonação diferenciada. Em geral, representam uma afirmação ou uma negação e são finalizadas por ponto final. ex: Hoje não vou trabalhar. 2) Frases imperativas: indicam uma ordem e trazem um verbo no imperativo. Na maioria das vezes, são finalizadas por ponto de exclamação e devem ser lidas com entonação enfática. ex: Traga o carro agora! 3) Frases exclamativas: possuem uma entonação mais expressiva e eloquente. De maneira geral, são finalizadas por ponto de exclamação ou reticências. ex: Que susto! 4) Frases interrogativas: caracterizam-se pela entonação de pergunta e por serem finalizadas por ponto de interrogação. ex: Quando começam as aulas? 5) Frases optativas: são utilizadas para indicar uma desejo ou uma vontade. ex: Que essa pandemia termine logo!

Oração

A oração é uma construção linguística marcada pela presença de um verbo ou de uma locução verbal. Diferentemente da frase, ela não precisa ter sentido completo. ex: O dia decorreu sem grandes adversidades. ex²: Ele havia dito a mesma coisa ontem. Em regra, as orações são marcadas pela presença de um sujeito e de um predicado. OBS: Quando o verbo estiver subentendido, também há uma oração. ex: No vestido, flores de todas as cores. (No vestido, [havia] flores de todas as cores).

Tipos de oração

Existem dois tipos principais de orações: 1) Oração subordinada: é aquela que não possui  sentido completo, ou seja, ela não é sintaticamente independente. Em um período composto, ela complementa o sentido da oração principal. ex: Ele andava por aí caindo de bêbado. 2) Oração coordenada: é aquele que possui sentido completo e assim é sintaticamente independente. Em períodos compostos, as orações coordenadas estabelecem uma relação de complementariedade, e não de hierarquia. ex: Chegou cedo e saiu tarde.

Período

O período é a frase organizada em uma ou mais orações. Como configura uma unidade sintática, ele necessariamente tem que possuir sentido completo.

Tipos de período

Existem dois tipos de períodos: a) Simples: são aqueles constituídos quando por apenas uma oração. ex: Ele chegou ontem de manhã. b) Compostos: são aqueles formados por duas ou mais orações. ex: Ele chegou ontem de manhã, mas viajou novamente no final da tarde. (Perceba que há dois verbos, logo duas orações). Como vimos acima, os períodos compostos podem ser formados por coordenação (duas ou mais orações coordenadas), por subordinação (uma oração principal e outra subordinada) ou pelos dois processos.

Resumo

Para ajudar a fixar os conceitos, preparamos um resumo no quadro abaixo:
Precisa ter verbo? Precisa ter sentido completo?
Frase Não Sim
Oração Sim Não
Período Sim Sim
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