A antítese é um tipo de figura de pensamento, uma subcategoria das figuras de linguagem com foco em explorar mais as ideias e os conceitos do que as palavras em si ou a estrutura da frase.
Ela consiste, portanto, no emprego de duas palavras, expressões ou pensamentos que se opõem quanto ao sentido.
Antônimos
Na antítese, explora-se com frequência a aplicação de antônimos que não se contradizem, nem representam falta de lógica, como podemos ver nos exemplos a seguir:
– “O esforço é grande e o homem é pequeno.” (Fernando Pessoa)
– “Quando a bola saía, entravam os comentários dos torcedores.” (Carlos Eduardo Novais)
– “Como eram possível beleza e horror, vida e morte harmonizarem-se assim no mesmo quadro?” (Érico Veríssimo)
– “A vida é mesmo assim / Dia e noite, não e sim.” (Lulu Santos e Nelson Motta)
Repare que as palavras de cada par (grande x pequeno, saía x entravam, beleza x horror, vida x morte, dia x noite, não x sim), ao mesmo tempo em que se opõem, também se reforçam.
É justamente esse realce de contrários que dá ênfase aos conceitos envolvidos e produz um efeito inusitado no texto, o que torna essa figura um poderoso recurso de estilo literário.
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