Língua Portuguesa e Literatura para o Enem

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“Você” é 2ª ou 3ª pessoa? Wesley Safadão ajuda a explicar

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Afinal de contas o pronome você é segunda ou terceira pessoa do singular? Neste artigo, vamos resolver essa dúvida. Para isso, vamos analisar uma famosa música do Wesley Safadão.

Assista aí de camarote

Na letra de uma das suas músicas, o cantor Wesley Safadão diz o seguinte: “agora assista aí de camarote eu bebendo gela e tomando Círoc”. Será que a conjugação adotada está correta?

Vejamos. No caso, “assista” é o imperativo afirmativo do verbo “assistir”, referente à terceira pessoa do singular.  Na frase, está subentendido que o verbo se refere ao pronome você (assista você). Para verificar se a conjugação adotada está correta, é preciso definir se você é segunda ou terceira pessoa do singular.

Pessoa do discurso x pessoa gramatical

Antes de tudo, é preciso fazer um distinção. Na língua portuguesa, há uma diferença entre pessoas do discurso e pessoas gramaticais.

Quando falamos de pessoas do discurso, a classificação é feita de acordo com a posição no ato comunicativo:

  • 1ª pessoa – Aquela que fala (eu, nós);
  • 2ª pessoa – Aquela para quem se fala (tu, vós, você, vocês);
  • 3ª pessoa – Aquele de quem se fala (ele, ela, eles, elas).

Nesse sentido, no tocante a pessoas do discurso, você é classificado como segunda pessoa.

Já as pessoas gramaticais indicam qual flexão verbal adotar, qual pronome oblíquo utilizar entre outros.  Assim, nesse tipo de classificação, você é enquadrado como terceira pessoa do singular.

Logo, Wesley Safadão emprega corretamente o verbo “assistir”. Ponto para ele!

Gostou do texto? Então, vale a pena assistir ao vídeo em que explicamos como fazer um parágrafo perfeito:

Aprofunde seus estudos e conheça os principais casos de concordância verbal e nominal:

Macete de menino: como identificar a função sintática do pronome oblíquo?

Como descobrir qual a função sintática do pronome oblíquo? Neste artigo, vamos apresentar um macete muito simples para resolver essa dúvida.

Vale lembrar que o pronome oblíquo é aquele que, na sentença, exerce a função de complemento verbal, ou seja, de objeto direto ou de objeto indireto.

O menino

Para identificar a função sintática do pronome oblíquo, basta substituí-lo pela expressão “o menino” e, então, analisar a função dela na oração.

Ex.: A mãe maltratava-o muito.

Substituindo: A mãe maltratava o menino muito.

Quem maltrata, maltrata alguém. Logo “maltratar” é verbo transitivo direto e “o menino” é o objeto direto.

Pronto! Agora já sabemos que pronome oblíquo “o” tem função de objeto direto.

Fácil, né?

Pronome oblíquo

Os pronomes oblíquos são divididos entre átonos e tônicos. Confira abaixo a lista de pronomes oblíquos átonos:

  • Singulares: me, te, lhe, o, a, se;
  • Plurais: nos, vos, lhes, os, as, se.

Agora confira a lista de pronomes oblíquos tônicos:

  • Singulares: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, si, consigo;
  • Plurais: nós, conosco, vós, convosco, eles, elas, si, consigo, eles, elas, si, consigo.

É importante destacar que o pronomes átonos não são acompanhados de preposição. Já os tônicos sempre devem ser precedidos pela preposição.

ex1: Ele entregou o presente para mim. (tônico)

ex2: Ele me entregou o presente. (átono)

Gostou do texto? Então, vale a pena assistir ao vídeo que fizemos sobre a pronúncia correta da palavra RUBRICA:

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Implicar – veja a forma correta de utilizar o verbo

Veja como usar o verbo

Às vezes um erro se repete tanto, que algumas pessoas passam a achar que ele é um acerto. É o caso do verbo implicar. Neste artigo, vamos analisar a regência deste verbo.

Transitivo direto x Transitivo indireto

Ele pode ser transitivo direto ou transitivo indireto. No primeiro caso, ele não exige o uso da preposição e é sinônimo de acarretar. Então, o certo é dizer:”aumento da inflação implica aumento de preços”, e não “implica em aumento de preços”.

Já como transitivo indireto,  o verbo é sinônimo de pirraçar ou perturbar.

ex: A sogra implica com o genro.

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Descomplicando o pronome relativo

Como identificar o pronome relativo na frase? Neste artigo, vamos mostrar uma dica prática para resolver essa questão. Vejamos!

Substantivo

O pronome relativo sempre virá depois de  um substantivo ou de um termo substantivado (por exemplo, oração subordinada subjetiva).

Exemplificando:

1 – Dizem que faz mal.

O “que” vem depois de um verbo, então não pode ser pronome relativo. Nesse caso, o “que”é uma conjunção integrante.

2 – Este estudo, que fala sobre direitos humanos, é revelador.

Veja que o “que” vem antecedido por um substantivo (“estudo”). Então, é pronome relativo.

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Concordância: sujeito composto com “ou”

Quando o sujeito composto é ligado pela preposição “ou”, o verbo deve ficar no plural ou no singular? Neste artigo, vamos mostrar que as duas alternativas são possíveis. Vejamos!

Sem exclusão

Se os dois núcleos que formam o sujeito composto não forem opostos, o verbo vai para plural. Nesse caso, a declaração contida no predicado pode ser atribuída a ambos os substantivos.

ex1: Assassinato ou roubo são crimes que levam à prisão.

ex2: Machado de Assis ou Graciliano Ramos são representantes legítimos da literatura nacional.

Com exclusão

Se os núcleos forem excludentes ou opostos, o verbo fica no singular. Nesse caso, a declaração trazida pelo predicado só pode ser atribuída a um dos núcleos por vez.

ex3: Pequim ou Nova Iorque sediará a próxima etapa do torneio.

ex4: Jaime ou Maurício ficará com a vaga de emprego.

Retificação

Quando “ou” tiver o sentido de uma retificação, o verbo deve concordar com o núcleo mais próximo.

ex5: O professor de cada matéria ou os professores devem entregar as notas até o final do trimestre.

ex6: O candidato ou os candidatos que fizerem parte de uma coligação devem informar essa situação à justiça eleitoral.

Um ou outro

Com a expressão um ou outro, o verbo pode ficar no singular ou no plural.

ex7: Um ou outro será contratado.

ex8: Um ou outro serão contratados.

Gostou do texto? Então, vale a pena assistir ao vídeo que fizemos sobre como escrever um texto nota 10:

Aprofunde seus estudos e conheça os principais casos de concordância verbal e nominal:

O que é partícula expletiva?

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Quando utilizar a partícula expletiva?

Pergunta do leitor: Qual o correto: “são durante os meses de janeiro e fevereiro que mais se viaja” ou “é durante os meses de janeiro e fevereiro que mais se viaja”?

Resposta:

Esse caso é bem interessante. Antes de respondê-lo, vale fazer uma breve explicação. No exemplo que o leitor citou, a expressão “é…que” é chamada de partícula expletiva. Ela não tem valor sintático. É apenas um artifício de estilo. Se você retirá-la da frase, o sentido não se altera. Veja: É durante os meses de janeiro e fevereiro que mais se viaja. Agora sem a partícula expletiva: Durante os meses de janeiro e fevereiro, viaja-se mais. Dito isso, a forma mais correta é no singular (“É durante os meses de janeiro e fevereiro que mais se viaja”). Vale destacar que a partícula expletiva também é chamada de partícula de realce, expressão expletiva ou expressão de realce.

Tipos de partículas expletivas

Existem cinco tipos mais comuns de expressões expletivas. Vejamos.

1) Que

Como partícula de realce, normalmente “que” aparece depois de advérbios, expressões ou conjunções. Ex1: Quase que eu caí. Ex2: Desde de ontem que Maria esperava notícias. Ex3: Enquanto que eles conversavam, Maurício terminava a tarefa.

2) Pronomes oblíquos átonos: se, me, te, nos, vos

Os pronomes oblíquos serão expressões expletivas sempre que acompanharem verbos intransitivos e puderem ser retirados da frase sem alterar os sentido. Ex1: Vão-se os anéis, ficam-se os dedos. Ex2: Vou-me embora agora mesmo.

3) Vocábulos: cá, lá e só

Esses termos podem exercer função de realce dos verbos. Ex1: Tenho meus questionamentos sobre esse projeto. Ex2: Veja como fala com as crianças. Ex3: Olhe que bagunça!

4) Verbo Ser

Exerce a função de partícula expletiva quando acompanha outro verbo e não funciona como auxiliar. Ex1: Você fez foi piorar a situação. Ex2: Eles queriam era ganhar o jogo. Ex3: Maria deseja é ser promovida este ano.

5) Expressões: é que, é onde, é quando

É o caso que vimos no início deste artigo. Vejamos mais alguns exemplos. Ex1: Os cidadãos é que devem defender a democracia. Ex2: No Nordeste é onde há as maiores festas de São João. Ex3: Durante o verão é quando as pessoas mais vão à praia.

Vírgula

Atenção! No exemplo trazido pelo leitor, quando se retira a partícula expletiva da frase, é necessário utilizar a vírgula. Veja: Durante os meses de janeiro e fevereiro, viaja-se mais. Isso ocorre, porque há o deslocamento do adjunto adverbial de tempo “durante os meses de janeiro e fevereiro”. Isso configura uma inversão da ordem direta (Sujeito – Verbo – Complemento verbal). Nesse contexto, a vírgula é obrigatória. Vale destacar também que, nesse caso, “se” atua como índice de indeterminação do sujeito e deve vir após o verbo, porque temos um caso de ênclise. Quer saber mais? Então, leia nosso guia completo da vírgula: Guia completo da vírgula Inscreva-se para fazer parte do clube de português gratuitamente e receber dicas para te deixar afiado na língua. * Quer aprofundar seus conhecimentos na língua portuguesa? Então, continue seus estudos com a Gramática On-line do Clube do Português.

Existe crase entre palavras repetidas?

Preste atenção nas palavras repetidas.

Preste atenção nas palavras repetidas.

Frente a frente, dia a dia, cara a cara, semana a semana, boca a boca – em nenhuma dessas expressões devemos usar o acento grave, porque não se utiliza a crase entre palavras repetidas, mesmo que sejam femininas.

Sem artigo

Isso ocorre porque nessa situação não há um encontro entre uma preposição e um artigo feminino. Lembrando que: à = a + a

No caso das palavras repetidas, há somente o uso da preposição ‘a’.

Ex1: Os dois maiores adversários estavam frente a frente.

Ex2: Semana a semana, essa situação vem se repetindo.

Ex3: As pessoas foram chegando uma a uma.

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A domicílio x Em domicílio

Entrega a domicílio ou em domicílio

O correto é a domicílio ou em domicílio? Há uma polêmica em relação a essas duas expressões. Neste artigo, vamos explicar melhor essa questão e mostrar quando utilizar cada uma das locuções.

Em x A

Antes de avançarmos, vale analisar as preposições que compõem cada uma das expressões.

Segundo o dicionário Priberam, a preposição “em” indica relação de lugar. Já a preposição “a” representa uma ideia de  movimento.

Essas definições são importantes para compreendermos o uso das duas locuções. Vejamos!

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À hora de x Na hora de – qual a forma correta?

As duas locuções adverbiais estão corretas. Você pode usar uma para substituir a outra.

Ex¹: Na hora do café, contou seus planos para família.

Ex²: À hora do almoço, todos parabenizaram o aniversariante.

Locuções adverbiais temporais

Nas locuções adverbiais temporais, é permitida a troca da preposição “em” pela preposição “a”. É o que ocorre em “à hora de“. Vejamos outros exemplos:

  • Nos sábados, vou ao parque.
  • Ao sábados, vou ao parque.
  • Nas quintas-feiras, tenho aulas de violão.
  • Às quintas-feitas, tenho aulas de violão.

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