A forma mais correta de grafar o nome desta arte marcial é jiu-jítsu, com acento no segundo “i”. Contudo, alguns estudiosos da língua portuguesa também reconhecem a grafia jiu-jitsu, sem acento.
Neste artigo, vamos explicar qual regra de acentuação se aplica a esse termo. Vejamos!
Paroxítona
Na língua portuguesa, todas as palavras paroxítonas, as que têm a penúltima sílaba como tônica, terminadas em “u” ou “us” devem ser acentuadas. É exatamente o caso do vocábulo jiu-jítsu. Vejamos outros termos que seguem a mesma regra: vírus, húmus, ânus.
Uma curiosidade é que o Acordo Ortográfico não fala de paroxítonas terminadas em “u”, mas somente em “us”. Isso acontece porque, no português, não temos, já há muito tempo, palavras finalizadas em “u”.
Esse fenômeno se deve ao fato de que há uma recomendação ortográfica do não uso do “u” final em palavras de origem latina.
Contudo, a Academia Brasileira de Letras decidiu incorporar o vocábulo japonês jiu-jítsu ao Vocabulário Oficial da Língua Portuguesa (Volp) como um empréstimo linguístico, o que lhe retira do rol dos termos considerados estrangeiros e o submete às regras ortográficas do nosso idioma.
Os vícios de linguagem são desvios das normas gramaticais ocasionados por desconhecimento ou má assimilação da norma culta por parte de quem fala ou escreve.
Neste artigo, vamos falar sobre 12 vícios de linguagem que você deve evitar. Vejamos!
Também chamada de anfibologia, a ambiguidade consiste na dupla possibilidade de interpretação de um enunciado. Popularmente, esse vício de linguagem recebe o nome de “duplo sentido”.
– Visitou a amiga e depois saiu com seu namorado. (O namorado é de quem?)
– A filha quer o intercâmbio logo, mas a mãe não quer. (Não quer o intercâmbio ou não quer que seja logo?)
O neologismo é uma palavra nova, uma palavra inventada ou uma palavra já existente que recebeu um novo significado.
Exemplos de neologismos:
covidão;
deboísmo;
googlar;
gordofobia;
lgbtfobia;
linkar;
mitar/mitou;
refri.
Devido ao fato de a língua estar em constante evolução, os neologismos estão sempre surgindo, seja na linguagem formal, seja na informal. Por isso, eles são considerados um processo de formação de palavras.
No entanto, nem todo neologismo chega a ser dicionarizado e amplamente utilizado pelo povo.
A criação dessas novas palavras pode se dar de várias formas. Veja a seguir.
Afinal, qual a forma correta: startup ou start-up? A palavra tem ou não tem hífen? Neste artigo, vamos resolver essa questão e mostrar qual a grafia mais adequada. Vejamos!
Start-up
A forma start-up é a mais reconhecida pelos principais dicionários da língua inglesa e da língua portuguesa.
Esse posicionamento leva em conta o fato de que, na língua inglesa, os substantivos originados de verbos frasais (phrasal verbs) são geralmente escritos com hífen. É o caso de stand-up, scale-up, blow-up.
Vale ressalvar que o dicionário Priberam reconhece as duas grafias: start-up e startup.
A expressão é um estrangeirismo ou um empréstimo linguístico?
Se tem um termo que entrou de vez para o vocabulário do brasileiro é black friday. Trata-se de um dia, em geral em novembro, em que vários comerciantes oferecem grandes descontos para atrair mais clientes. Todo ano, milhares de pessoas esperam pela data para irem às compras.
Essa expressão é interessante, porque ela nos permite abordar o tema da incorporação de palavras estrangeiras à Língua Portuguesa, em especial a diferença entre estrangeirismo e empréstimo linguístico. Neste artigo, vamos explicar esses dois conceitos e mostrar em qual deles se encaixa o termo black friday.
Empréstimo linguístico
Quando uma palavra é incorporada a um idioma com alteração na sua grafia, estamos diante de um empréstimo linguístico. Dito de outra forma, são aqueles vocábulos estrangeiros que foram aportuguesados. Vejamos abaixo alguns exemplos:
Beef – Bife;
Football – Futebol;
Picnic – Piquenique;
Stress – Estresse;
Abat-jour – Abajur.
Uma curiosidade é que alguns termos estrangeiros possuem correspondentes pouco usados no português. Por exemplo, futebol também pode ser chamado de ludopédio e piquenique de convescote.
Por serem estranhos, esses vocábulos não caíram no gosto dos falantes e acabaram esquecidos.
O termo box é um estrangeirismo usado em substituição à palavra aportuguesada boxe. O vocábulo pode indicar o nome de uma luta (pugilismo), o ambiente que abriga o chuveiro (boxe do banheiro) ou uma divisão de um texto jornalístico. Neste artigo, vamos mostrar qual o plural dessa expressão. Vejamos!
Plural
O plural de box é boxes. Essa formação foge da regra geral da língua portuguesa para a formação do plural de palavras terminadas em “x”. Normalmente, esses termos são invariáveis. Veja:
Uma xérox – Duas xérox;
Um tórax – Dois tórax;
Um clímax – Dois climáx.
Há duas explicações possíveis para o uso da forma boxes. A primeira é que, na língua inglesa, essa é a grafia do termo no plural. A segunda é que a grafia aportuguesada é boxe. Assim, o vocábulo entra na regra de formação do plural de palavras terminadas em vogal.
O correto é bandeide ou band-aid? Neste artigo, vamos tirar essa dúvida e mostrar qual a origem dos termos. Vamos lá!
Duas formas
Ambas as grafias, band-aid e bandeide, estão corretas. A primeira se refere ao nome de origem do curativo adesivo. Já a segunda é a forma aportuguesada da palavra.
Vale ressaltar, contudo, que o termo bandeide não é registrado pelo Vocabulário Oficial da Língua Portuguesa (VOLP). Contudo, ele aparece em diversos dicionários, como Aurélio, Priberam e Aulette.
Marca
Band-Aid era originalmente o nome da marca de curativos adesivos que foi criada em 1920 por Earle Dickson, funcionário da empresa Jhonson & Jhonson.
Com a popularização, o termo passou a designar qualquer tipo de curativo que tivesse a capacidade adesiva, também conhecido como emplastro. Assim, o vocábulo também passou a ser escrito em letras minúsculas, pois perdeu a conexão direta com o substantivo próprio que lhe deu origem.
Quando ocorre esse fenômeno em que trocamos o nome do produto pelo da marca, temos a ocorrência de uma figura de linguagem chamada metonímia. Trata-se, de forma simplificada, da substituição de um termo por outro que esteja no mesmo campo de significação.
Confira nossa playlist completa sobre figuras de linguagem:
Estrangeirismo
As palavras estrangeiras podem ser incorporadas ao nosso vocabulário de duas maneiras: em sua forma original e por meio do aportuguesamento.
No caso dos vocábulos em análise, tivemos inicialmente a manutenção da grafia original (band-aid) e, mais recentemente, o advento da forma aportuguesada (bandeide).
Esse mesmo processo ocorreu com outros termos. Veja alguns exemplos abaixo:
Banco (bank), beisebol ou basebol (Baseball), basquete (basketball), bife (beef), blecaute (black-out), bangalô (bungalow), boxe (boxing), catchup (ketchup, também utilizada em sua grafia original), cliclete (cliclet), clipe (clip), coquetel (cock-tall), debênture (debenture), escore (score), estresse (stress), esporte (sport), folclore (folklore), futebol (football), golfe (golf, também utilizada na grafia original), nailon (nylon), nocaute (knockout), piquenique (picnic), rali (rally), repórter (reporter), sanduíche (sandwich), suéter, (sweater), telefone (telephone), teste (test), tênis (tennis), time (team), uísque (whisky, também usada na grafia original), voleibol ou vôlei (volleyball), xampu (Shampoo, muitas vezes utilizada também na sua grafia original).
Entenda como utilizar esse estrangeirismo no seu texto
Com a crise do coronavírus, mais uma palavra foi incorporada ao nosso vocabulário: lockdown. Neste artigo, vamos explicar o significado e a origem do termo. Vamos lá!
Origem
A palavra vem do inglês antigo, da união das palavras “loc” e “doun”. Até 1975, o termo definia o ato de manter prisioneiros em suas celas, mas hoje ele também indica diferentes protocolos de isolamento de pessoas, em diversas situações, para evitar algum perigo ou malefício.
A tradução literal da expressão para o português é confinamento ou bloqueio. Na atual conjuntura, ela vem sendo usada para denominar a estratégia de fechar uma região para interditar vias e proibir deslocamentos e viagens não essenciais.
É uma das medidas mais extremas para conter a proliferação da Covid-19 e evitar o colapso do sistema de saúde.
A língua portuguesa teve suas origens no latim, assim como o italiano, francês, romano, espanhol e outras. E ela evoluiu ao longo dos anos juntamente com seus falantes. E podemos dizer, através de uma metáfora, que toda língua é um organismo vivo que está sujeito a constantes mudanças e adaptações.
Basta olhar registros de falantes de décadas ou centenas de anos atrás para perceber o caráter mutável e o fenômeno da transformação. E uma das formas que potencializam essas mudanças é a entrada de outras palavras através de falantes de outras línguas.
Esse fenômeno conhecido como estrangeirismo não é recente. Desde sempre as línguas se beneficiaram de palavras advindas de outros idiomas.
O Brasil, particularmente, agregou milhares de termos de línguas estrangeiras através da cultura e das pessoas que chegavam ao nosso país, fazendo com que o português falado no Brasil tivesse nuances que acabam por diferenciá-lo daquele falado em Portugal. E esses “empréstimos linguísticos” acabaram por acrescentar termos que enriqueceram nossa forma de se comunicar, apesar de alguns linguistas tradicionais olharem com cautela tal fato.
Um dos idiomas que mais contribuíram e ainda contribuem para a construção do nosso vocabulário é a língua inglesa. E apesar de existirem algumas diferenças entre o português e o inglês, nós incorporamos várias expressões utilizadas comumente em diversas áreas.
Isso se dá porque o inglês é a mais influentes das línguas faladas no mundo, sendo considerada a linguagem universal, assim como o francês já foi um dia.
As palavras e expressões são utilizadas em diversas áreas comuns: alimentação, hábitos, moda, comportamento, tecnologia e informática, comunicação e marketing, dentre outras.
Um novo ano se aproxima e com ele uma velha e recorrente dúvida: a grafia correta é reveillon ou réveillon? Para resolver essa questão, é necessário visitar a etimologia da palavra. Vamos lá!
O francês, como uma língua latina, influenciou muito o nosso português. Há várias palavras que até hoje são escritas da mesma forma como são grafadas na terra da Bastilha, como gourmet, debacle e réveillon. Este vocábulo vem do verbo réveiller, que significa acordar alguém do sono ou reanimar.
Dessa maneira, a expressão réveillon, por vários anos, passou a designar o ato de passar uma noite acordado para ver o sol nascer. Porém, a partir do século XIX, como explica o professor Sérgio Rodrigues, a palavra passou a designar, primeiramente, a véspera de Natal e, posteriormente, a festa de Ano Novo.
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