Língua Portuguesa e Literatura para o Enem

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Leitura colaborativa – o que é e como fazer?

A leitura colaborativa ou compartilhada, como também é chamada, consiste em uma estratégia que visa melhorar o desempenho da compreensão leitora dos alunos. Em outras palavras, trata-se de uma atividade na qual os estudantes realizam a compreensão de um texto específico, com a mediação do professor.

Por meio dessa prática, é possível avaliar os conhecimentos prévios de um determinado tema, fazer levantamento de conclusões, trabalhar a intertextualidade e ainda identificar valores apresentados pelo autor do texto. Neste artigo, vamos falar um pouco sobre a importância da leitura colaborativa e qual o papel do professor nesse método. Acompanhe!

Qual é a importância da leitura colaborativa?

A prática da leitura colaborativa contribui para que os alunos melhorem a sua capacidade leitora. Em outras palavras, mais do que ler um texto, por intermédio desse método, o professor ensina aos alunos estratégias para que consigam atribuir sentido ao que foi lido, bem como para que a compreensão seja a melhor possível. 

Ainda que pareça simples, na leitura colaborativa, o professor não apenas orienta, como também corrige os alunos sempre que necessário. Além disso, essa técnica pode ser utilizada desde os anos iniciais até o ensino superior. Nesse último cenário, a finalidade é compartilhar as visões de mundo para uma melhor produção do conhecimento. 

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Gênero épico – conceito e características

O gênero épico é caracterizado por um texto narrativo organizado em versos, cuja principal característica é a presença de um herói e o relato de suas ações. Neste artigo, vamos trazer os principais aspectos. Confira!

Esse gênero é composto de: 

  • narrador; 
  • personagens; 
  • enredo; 
  • tempo;
  •  espaço. 

Ele narra uma sucessão de acontecimentos reais, lendários ou mitológicos, estruturados em proposição (ou prólogo), invocação, dedicatória, relato de fatos e conclusão (ou epílogo), sempre associados ao protagonista, considerado um semideus ou dotado de poderes incomuns. 

A origem do gênero literário surgiu na Antiguidade e, em razão disso, as obras mais antigas e famosas pertencentes a ele são Ilíada e Odisséia, ambas do poeta grego Homero. Essas epopéias influenciaram diretamente a construção de outras ao longo do tempo.

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Resenha crítica – o que é e como fazer?

Tecnicamente falando, a resenha crítica é um gênero textual híbrido, pois mistura um pouco de informativo, descritivo e opinativo.

Esse gênero de texto possui fortes características analíticas e interpretativas e tem sempre como objetivo discutir um determinado produto cultural, seja ele um livro, artigo, filme, série, documentário, exposição de artes, peça teatral, apresentação de dança ou um show.

Ao sintetizar as suas ideias e expor o conceito que tem sobre a obra citada, o resenhista tende a influenciar seus leitores.

Na prática, ele revela de um modo bem pessoal e particular a análise interpretativa da obra feita pelo resenhista. Mesmo assim, resenhas críticas são muito frequentes no mundo acadêmico, justamente por trazerem os aspectos positivos e negativos sobre o tema explorado.

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Intergenericidade – o que é e como identificar?

Intergenericidade é a mistura de gêneros textuais com o objetivo de melhorar a comunicação. Neste artigo, vamos detalhar melhor esse conceito. Confira!

Pode haver poesia em um anúncio publicitário? E uma carta virar música, pode? Uma das belezas da comunicação é que ela não é monolítica nem imutável.

Ao contrário, permite uma imensidão de formas de se expressar que, com frequência, misturam estruturas e conteúdos temáticos típicos de vários gêneros textuais. A graça está no caldo formado por essas diferentes combinações.

A este fenômeno se dá o nome de intergenericidade, ou intertextualidade intergêneros. Em resumo, o conceito diz respeito à fusão de gêneros textuais distintos em um ato de fala para alcançar um propósito comunicativo.

Trata-se de admitir que um gênero textual pode assumir a forma de outro, tomando emprestado características que não são suas por convenção. Pano de fundo disso é a intenção da comunicação: para cada situação, é possível pinçar um gênero que melhor se adapta ao contexto.

Esta espécie de hibridização é comumente encontrada em anúncios publicitários, tirinhas (quadrinhos) e até mesmo em artigos de opinião. Assim, por óbvio, a intergenericidade tem por característica alterar a construção de sentidos do texto. Em anúncios publicitários, por exemplo, ajuda muito a causar impacto.

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Gêneros digitais – conceito e características

Gêneros digitais é um conceito que indica uma modalidade de gêneros textuais que surge e é produzida na internet. Neste artigo, vamos falar mais sobre esse tema. Confira!

Uma das maravilhas do uso da linguagem é a capacidade que temos de criar novos mecanismos e de nos adaptarmos a novidades. No mundo dos gêneros textuais, por exemplo, a nova realidade trazida pela tecnologia – não é coincidência que estejamos nos comunicando por um website – tem gerado um monte de novas formas de gerar textos na internet, os chamados gêneros digitais.

Pense, por exemplo, em como se dá a comunicação por um simples e-mail. Perceba o quanto a digitação carrega de “ancestralidade” das cartas e, ao mesmo tempo, como sua linguagem é tão distinta do papel e caneta. Em sua maioria, os gêneros digitais derivaram de gêneros textuais bem conhecidos, como as crônicas ou os artigos. Nas redes sociais, tanto as postagens, quanto os compartilhamentos e tweets são gêneros digitais pautados em adaptações.

Só para lembrar, o que define um gênero textual são certas características comuns a um conjunto de textos produzidos em dado contexto. No caso em questão, o cenário é dado pelas tecnologias mais recentes, como a internet e o telefone celular. Isso tem provocado novas situações comunicacionais que acabaram consolidando estruturas próprias de se comunicar.

Uma das características mais evidentes são os períodos mais curtos e diretos, típicos, claro, do Twitter. Mas há ainda os textões de outras redes sociais e muitos outros jeitos (gêneros) de construir um texto na internet.

Se os hiperlinks são inerentes ao mundo “www”, vale notar ainda a presença de elementos audiovisuais, de abreviaturas e linguagem interativa, como os chamados “emojis”.

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Histórias em quadrinho – características deste gênero textual

Temos  defendido que o “comportamento leitor nada mais é do que fazer da leitura um prazeroso costume”. Para começar a criar esse hábito, poucas coisas são tão ou mais prazerosas do que histórias em quadrinhos (HQ).

A seu favor, esse gênero textual costuma ser muito divertido, mais lúdico, e hoje é visto também como arte, assim como a literatura.

Da criança em fase de alfabetização aos jovens e adultos, as histórias em quadrinho colecionam fãs com sua proposta de serem mais despojadas na contação de uma história. Para o público mais “maduro”, por exemplo, o gênero oferece os graphic novels (romances gráficos, em português), que apresentam histórias longas e densas, elaboradas como os romances (um dos mais bem-sucedidos é a obra Maus, de Art Spiegelman, publicada em duas partes, em 1986 e 1991.

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Notícia – conheça todas as características deste gênero textual

Notícia é como um veículo de imprensa (jornal, revista, tv, rádio, internet) conta uma história em primeira mão. É, portanto, um gênero textual jornalístico (diferente do literário) e tem uma linguagem bem específica, formada de traços descritivos e narrativos ao mesmo tempo, que apresentam “sua excelência, o fato”, ou ainda acontecimentos concretos considerados relevantes pela sociedade.

Como um texto ligeiro de cunho informativo, a notícia é ancorada em relatos curtos sobre o tempo do acontecido, o espaço em que ele se deu e as personagens envolvidas (neste caso, pessoas/coisas reais).

Em geral, uma notícia usa uma linguagem de função referencial, formal, clara e objetiva, quase sempre com textos escritos em terceira pessoa, o que confere a eles um caráter de imparcialidade – o autor da notícia (repórter ou redator) é como o observador externo que relata aquilo que vê e ouve, devendo evitar expressões e impressões pessoais.

Nos meios impressos e em blogs e portais da internet, a notícia começa sempre por um título que chama a atenção e sintetiza o essencial do fato abordado: é a manchete. 

Como texto escrito, a manchete pode ser seguida de um título secundário que detalha um pouco mais o assunto e auxilia o entendimento do título principal: nas redações é chamado de linha fina.

Em veículos digitais, como no rádio e na televisão, “o texto” de uma notícia é geralmente dividido entre o apresentador (o âncora) do programa. Este fala a manchete e chama o repórter para dizer o corpo do texto, que deve começar com uma lide.

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Textos literários e não literários – qual a diferença?

Os textos, antes mesmo de serem divididos em tipos e gêneros textuais, constituem outros dois grandes grupos: o grupo dos textos literários e o grupo do textos não literários. Essa divisão ocorre devido ao tipo de linguagem empregada.

Sabemos que a linguagem existe, principalmente, para gerar comunicação e interação entre os indivíduos. No entanto, por meio dela também é possível fazer arte. Assim como temos arte com desenhos e tintas (pintura), com sons e movimentos (música e dança), com edificações (arquitetura) etc., temos arte com palavras, que é a literatura.

Portanto, a principal diferença entre um texto não literário para um texto literário, é que este é arte, enquanto aquele não pode ser considerada uma. Para ficar mais claro, acompanhe as principais características de cada um abaixo.

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Tipologia textual: conceito e exemplos

A tipologia textual trata das diferentes formas de organização e apresentação linguística de um texto. Também conhecido apenas como tipo textual ou ainda modo de organização do discurso e modo textual, esse tipo de classificação de um texto se dá por meio dos seus aspectos sintáticos, dos tempos verbais empregados, das relações lógicas, do objetivo comunicativo, etc. 

Existem cinco categorias de texto dentro da tipologia textual:

  1. Texto narrativo;
  2. Texto descritivo;
  3. Texto dissertativo (informativo ou argumentativo);
  4. Texto injuntivo;
  5. Texto dialogal.

Neste artigo, vamos falar sobre cada uma delas e trazer exemplos. Vejamos!

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