A imagem mostra uma meia cheia de moedas. Em cima há uma tarja preta, onde está escrito:

Afinal, o correto é pé de meia ou pé-de-meia? As duas formas são possíveis na língua portuguesa, mas têm significados distintos. Neste artigo, vamos explicar quando usar cada uma. Vejamos!

Pé-de-meia

Quando a expressão indica um dinheiro que uma pessoa tem guardado, uma poupança, ela tem hífen.

Ex: Estou fazendo um pé-de-meia para a minha aposentadoria.

Trata-se de uma exceção à regra trazida pelo Acordo Ortográfico. A Base XV da Reforma (que trata do uso do hífen em compostos, locuções e encadeamentos vocabulares) diz que:

Nas locuções de qualquer tipo, sejam elas substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais, não se emprega em geral o hífen.

Ponto 6 da Base xv do acordo ortográfico de 1990.

Marquei o “em geral” ali exatamente para mostrar que há casos que fogem a essa regra. Além de pé-de-meia, temos as seguintes exceções, que, segundo o documento, são casos consagrados pelo uso:

  • arco-da-velha;
  • mais-que-perfeito;
  • cor-de-rosa;
  • água-de-colônia.

Também continuam com hífen as locuções que representam espécies botânicas e zoológicas: cana-de-açúcar, mico-leão-dourado, pimenta-do-reino, peixe-boi, entre outras.

As demais locuções seguem a regra geral. É por isso, por exemplo, que pé de moleque perdeu o hífen.

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