Língua Portuguesa e Literatura para o Enem

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Por que todo mundo precisa estudar gramática?

Todo processo de aprendizado de uma língua ocorre, primeiramente, de forma natural, longe das formalidades escolares. Tanto a comunicação verbal por meio da fala quanto a comunicação não verbal podem ser aprendidas no decorrer do dia a dia de um ser humano.

Mas por que então frequentamos a escola?

Bom, quando passamos a frequentar a escola é para aprendermos uma outra parte da comunicação verbal que não nos é natural e necessita de regras: a escrita. Ademais, todo idioma possui um sistema de regras que dita o bem falar e o bem escrever, e a escola necessita nos ensinar esse sistema, o qual se chama gramática normativa.

Contudo, engana-se quem pensa que só existe esse tipo de gramática e que só ela é estudada nas escolas. A gramática descritiva também tem ganhado o seu espaço nas salas de aula devido à sua abordagem sociolinguística. Hoje, ela é amplamente abordada em avaliações importantíssimas, como o ENEM e as provas de concurso.

Logo, a educação formal tem duas grandes funções na área da linguagem:

  1. nos ajudar a elevar o nosso nível de comunicação por meio do aprendizado da norma culta;
  2. nos mostrar que cada contexto exige um nível de formalidade comunicativa.

Portanto, apesar de até mesmo uma pessoa com pouco ou nenhum grau de instrução ser capaz de se comunicar, uma boa comunicação só é atingida a partir de muito estudo gramatical.

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Palavras de transição – o que são e como usar?

Produzir textos de qualidade não só requer um bom domínio das regras gramaticais e um bom conteúdo, mas também conhecimentos a respeito dos mecanismos de coerência e coesão.

No que se refere à coesão textual, temos um conjunto de mecanismos linguísticos que permitem a conexão lógico-semântica do texto, sendo um desses mecanismos as palavras de transição, as quais veremos a seguir.

O que são palavras de transição?

Palavras de transição são conectivos que estabelecem ligação entre frases, períodos e parágrafos de um texto.

Dessa forma, sua utilização apresenta inúmeros benefícios, tais como:

  • facilitar a compreensão das ideias;
  • introduzir reiterações, comparações e oposições;
  • propiciar a fluidez e a organização textual;
  • adicionar novas informações;
  • preparar o leitor para o que está por vir.
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Impessoalização da linguagem: o que é e como usar?

A impessoalização da linguagem é uma das principais características de um texto formal, sobretudo do tipo dissertativo-argumentativo, cobrado na maioria das redações de concursos e vestibulares.

Isso porque em textos formais muitas vezes é preciso omitir os agentes da narrativa, ocultando a opinião pessoal, atenuando o diálogo e, consequentemente, adotando uma posição impessoal sobre a questão abordada.

Quer aprender mais sobre a impessoalização da linguagem e saber como usá-la corretamente? Então, acompanhe a leitura!

O que é impessoalização da linguagem?

A impessoalização da linguagem é uma técnica de construção textual que ajuda a eliminar ou atenuar a subjetividade em uma redação, sendo a impessoalidade essencial em textos dissertativos-argumentativos.

Isso porque, conforme mencionamos, além desse ser o tipo textual mais cobrado em vestibulares e concursos, ele também exige que um ponto de vista seja apresentado e defendido sem indícios de que se trata de uma opinião.

Em outras palavras, você não deve demonstrar que está expressando seu ponto de vista, porém ele acaba transparecendo de alguma forma no texto. Parece complexo, mas é bem simples. Para que você entenda melhor, veja o exemplo abaixo:

  • Ao invés de usar a frase: “acredito que as reuniões devem ser mais rápidas”, opte por: “reduzir o tempo das reuniões é fundamental para aumentar a produtividade da empresa”. 
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Estratégias argumentativas para melhorar sua redação

Enquanto argumentos são ideias interligadas e pautadas pela lógica que servem para sanar dúvidas ou explicar situações, estratégias argumentativas consistem na estruturação e apresentação dos argumentos para chegar a uma conclusão.

Segundo a tipologia textual, existem cinco tipos de texto: narrativo, descritivo, dissertativo, injuntivo e expositivo.

Em redações para vestibulares, o mais cobrado é o dissertativo, que se trata da defesa de um ponto de vista com base em fatos, dados e comprovações científicas.

O objetivo é avaliar a capacidade de apresentar, interpretar e argumentar em favor de uma tese a partir de conhecimentos, leituras e vivências.

Portanto, fazer uso de estratégias argumentativas é uma ótima alternativa para melhorar a qualidade da sua redação.

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Baixa estima x Baixa autoestima – qual a forma correta?

A maneira certa de escrever a expressão é baixa estima ou baixa autoestima? Neste artigo, resolvemos essa questão e explicamos quando utilizar essa expressão. Vamos lá!

Autoestima

A forma correta é BAIXA AUTOESTIMA. Usamos essa expressão quando queremos nos referir à falta de amor-próprio.

A confusão ocorre, porque “baixo” é antônimo de “alto”, que se pronuncia da mesma forma que o prefixo “auto”, que significa aquilo que é próprio ou que funciona por si mesmo.

Ex1: Os padrões de beleza impostos pela mídia podem gerar baixa autoestima.

Ex2: A  autoestima baixa pode nos fazer perder boas oportunidades profissionais.

É importante observar que o substantivo autoestima também pode ser acompanhado pelo adjetivo alta.

Ex3: Maria tinha uma autoestima alta.

Auto-estima x Autoestima

Antes da Reforma Ortográfica, o substantivo autoestima era escrito com hífen. Contudo, atualmente, só se usa o hífen com o prefixo “auto” se a segundo palavra começar com as letra “o” ou “h” (auto-hipnose e auto-observação).

Nos demais casos, as palavras devem ser escritas juntas: autoescola, autoajuda, autopeças.

Vale destacar que, quando a segunda palavra começar com “r” ou “s”, essas letras devem ser dobradas (autorretrato e autossabotagem).

Gostou da dica? Então, confira o vídeo que fizemos sobre se o correto é sul-americano ou sulamericano:

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Dissertação: como estruturar?

Veja como estruturar uma dissertação.

Veja como estruturar uma dissertação.

Em provas de vestibulares e concursos, é muito comum que se exija que o candidato escreva uma dissertação.  Trata-se de uma redação argumentativa que defende um ponto de vista. Este texto vai detalhar as três partes que não podem faltar em uma boa dissertação.

1) Apresentação de um ponto de vista

O primeiro parágrafo deve dedicar-se a apresentar a questão em debate e explicitar os pontos de vista que serão desenvolvido. Ele pode conter já a introdução dos argumentos que serão detalhados no desenvolvimento.

ex: Uma questão que tem sido muito debatido nos últimos tempos é a reforma da previdência. Alguns defendem que o sistema não é deficitário e que não precisa de reformulação. Contudo, economistas defendem que uma mudança é urgente e que medidas, como a adoção de uma idade mínima para aposentadoria, são imprescindíveis.

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Sem crase antes de pronome indefinido

crase + indefinido

A crase é, via de regra, o encontro entre o artigo definido ‘a’ e preposição ‘a’.  Dessa forma, antes de pronomes indefinidos (algum, muitos, pouco, pouca, nenhum etc) NÃO há crase.

Ex1: Fui a algum restaurante em São Paulo.

Ex2: Não assisti a nenhuma partida da última rodada do campeonato brasileiro.

Gostou deste post? Aprofunde ainda mais seus conhecimentos com nosso guia completo da crase.

Veja mais:

O que é um pronome indefinido?

Viagem x Viajem – quando utilizar cada um?

Viagem-x-Viajem

Quase todo mundo já se pegou pensando se o correto é viagem ou viajem. Bem, uma boa notícia é que as duas formas existem na língua portuguesa. Porém, cada uma possui uma função distinta.

Portanto, assim como saber quando usar vírgula, é importante entender as diferenças entre viajem ou viagem:

Viagem

Viagem: substantivo. Todos os substantivos terminados em “-agem” escrevem-se com g (exceção: pajem e lajem).

  • Ex¹: a mãe desejou ao filho uma boa viagem.
  • Ex²: ela planejou a viagem com antecedência.

Viajem

Viajem: conjugação do verbo viajar na 3ª pessoa do plural do presente do subjuntivo ou do imperativo.

  • Ex¹: pode ser que eles viajem ainda hoje. (presente do subjuntivo)
  • Ex²: viajem no próximo mês ou o preço do pacote ficará mais caro. (imperativo afirmativo).

Relembrando

Assim como o uso da crase, para não errar mais, entenda viajem ou viagem qual o correto:

  • Viagem — substantivo;
  • Viajem — verbo (3ª pessoa do plural do subjuntivo ou do imperativo afirmativo).

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Conselhos para quem quer escrever melhor

Três dicas para escrever

Três dicas para escrever

Se eu pudesse dar 3 conselhos para quem quer escrever bem, seriam:

1) Não use as palavras aleatoriamente. Cada vocábulo tem um significado específico. Não existe sinônimo perfeito. Então, pense bem na hora de escrever para ver se a palavra que você escolheu é mesmo a mais adequada. Por exemplo, amar e adorar são sinônimas, mas têm sentidos distintos e carga semântica diferente.

2) Seja econômico. Nada é pior do que ler um texto de um autor prolixo. Se você pode dizer algo com duas palavras, não use três.

3) Acredite no seu potencial, desenvolva seu próprio estilo e preze pela qualidade. Escrever corretamente não é um capricho. É uma ferramenta de potencialização da credibilidade do seu texto.

Repetir palavras é bom ou ruim?

O senso comum diz que repetir palavras empobrece texto. Isso é uma meia verdade, que se aplica quando esse artifício é utilizado por conta de pobreza vocabular, ou seja, porque a pessoa não consegue encontrar sinônimos para determinada palavra.

Contudo, há casos em que a repetição é intencional e tem como objetivo gerar um efeito estilístico. É a chamada anáfora. Por exemplo, a música cantada por Elza Soares diz: “a carne mais barata do mercado é a carne negra”. A repetição da palavra “carne” tem um objetivo semântico de associar a expressão “carne negra” ao racismo.

O segredo, como eu disse, é não utilizar as palavras aleatoriamente. Se você escolher de forma criteriosa os vocábulos, o leitor entenderá que a repetição não foi uma falha vocabular, mas sim uma estratégia argumentativa.

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Vultuoso x Vultoso – quando utilizar cada um?

Entenda a diferença entre vultoso e vultuoso.

Tanto vultoso quanto vultuoso são palavras que existem na Língua Portuguesa. Elas, contudo, possuem significados distintos. Neste artigo, vamos mostrar a definição e quando usar cada um desses termos. Vejamos!

Vultoso

O adjetivo vultoso indica, segundo o dicionário Aulete, algo que tem grande vulto ou volume ou que é encontrado em grandes proporções.

ex1: O político foi pego com vultosas quantias de dinheiro na mala.

ex2: Aquele empresário tinha negócios vultosos.

O termo é formado por derivação sufixal: o substantivo vulto + o sufixo -oso, que é utilizado para expressar abundância.

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