Língua Portuguesa e Literatura para o Enem

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Coxinha x Cochinha – qual a forma correta?

A forma correta é coxinha, com “x”. A palavra cochinha, com “ch”, não existe na língua portuguesa. Neste artigo, vamos fazer uma análise desse termo. Confira!

Coxinha

O nome do salgado é coxinha, com

A palavra coxinha é o diminutivo do substantivo coxa, que indica a parte superior da perna. O termo da nome ao um alimento popular no Brasil. A origem do termo está relacionada com a semelhança entre o salgado e coxa de galinha.

A coxinha, tal qual em sua forma atual, tem sua origem no século XIX, na região da Grande São Paulo, no estado de São Paulo.

Segundo historiadores da alimentação, a coxinha foi desenvolvida durante a industrialização de São Paulo, para ser comercializada como um substituto mais barato e mais durável às tradicionais coxas de galinha que eram vendidas nas portas de fábricas.

Vejamos alguns exemplos de uso do termo:

  • Ontem comi três coxinhas de frango no lanche.
  • Minha avó tem uma receita excelente de coxinha de frango.
  • Aquela lanchonete vende uma coxinha de frango que é uma delícia.

Vale destacar que a palavra coxinha pode também ser utilizada como adjetivo de dois gêneros indicando uma pessoa mais conservado ou de uma classe social mais privilegiada:

  • Meu primo é muito coxinha.
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Privado x Privativo – quando usar cada palavra?

As duas palavras existem na língua portuguesa e estão corretas. Entretanto, a diferença entre as duas é que a palavra “privado” faz referência a algo mais íntimo, enquanto “privativo” é geralmente relacionado a um grupo. Neste artigo, vamos ver quando e como utilizar cada termo. Confira!

Definição da palavra “privado”

A palavra “privado” pode ser classificada como verbo, substantivo ou adjetivo. Vejamos casos em que o vocábulo tem diferentes classificações morfológicas:

  • O reú foi privado de sua liberdade. (verbo – particípio de “privar”)
  • Esse é um quarto privado. (adjetivo)
  • Não se deve confundir o público com o privado. (substantivo)

 O termo faz referência àquilo que é confidencial, ou seja, que pertence a um único indivíduo. Observe os exemplos:

  • Não posso falar sobre isso, pois trata-se de um assunto privado.
  • O celular é de uso privado do meu pai.
  • Ela me disse que os documentos não podem ser abertos, pois são privados. 
  • Os processos dela são privados.
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Término x Termino – quando usar cada um?

As palavras término (com acentuação gráfica) e termino (sem acento) estão corretas e existem na língua portuguesa. No entanto, devem ser usadas em situações distintas. Para entender melhor, neste artigo, vamos explicar de forma detalhada. Confira!

Quando usar “término”?

A palavra “término”, com acento agudo, é um substantivo masculino usada para expressar o fim de alguma coisa, como por exemplo:

  • término de namoro;
  • término de sessão;
  • término de reunião;
  • término de contrato.

Entre os seus principais sinônimos, estão: 

  • conclusão;
  • fechamento;
  • fim;
  • cessação.

Abaixo, você confere alguns exemplos com a palavra “término”:

  • O término do nosso namoro foi bem doloroso.
  • Ele não aceitou o término do contrato.
  • O término da reunião ocorreu antes do esperado. 

Agora, vamos reescrever esses exemplos, utilizando alguns sinônimos, confira:

  • O fim do nosso namoro foi bem doloroso.
  • Ele não aceitou a cessação do contrato.
  • A conclusão da reunião ocorreu antes do esperado. 

É possível notar que, mesmo ao usar sinônimos, o sentido das frases não foi alterado.

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Chamar atenção, chamar a atenção e chamar à atenção – quando usar cada um?

As expressões chamar atenção, chamar a atenção e chamar à atenção estão corretas. Neste artigo, vamos mostrar quando e como usar cada uma!

A forma correta de utilizar o substantivo feminino “atenção” é uma das dúvidas clássicas na escrita de boa parte dos brasileiros. As três formas de escrita estão corretas. Isso pode ser bom ou ruim. Muitos tendem se confundir, ainda mais.

Três formas de escrever pode parecer muito, mas, arriscamos afirmar que se o escritor entender o significado de cada formação do artigo “a” com o substantivo, não terá dificuldades para inserir nas frases.

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Certo x Serto – qual a forma correta?

Como dizem por aí: “o certo não está errado”. Acrescento: “o serto é que está errado”. A palavra tem origem no termo latino certus, que significa seguro, determinado e garantido (e, como se observa, também é grafado com “c”).

Em geral, a dúvida sobre a grafia da palavra “certo” até pode ter vindo do fato de que a consoante “c” antes das vogais “e” e “i” tem o mesmo som de “s”, como em “coceira”, “sensível”, “agência” e “símbolo”.

Mas arrisco dizer que a versão “serto” “pegou” mesmo por um uso bem peculiar nas redes sociais: é cada vez mais comum vermos a aplicação deliberada da grafia incorreta de algumas palavras nos posts do Twitter, Facebook, Instagram e WhatsApp. 

Em sua maioria, a intenção é produzir um efeito irônico ou cômico, como no caso da adoção do termo “çei”, que é usado no lugar de “sei”, para produzir um tom jocoso (e pejorativo).

Se a gente for se ater apenas à questão ortográfica, seguindo a mesma lógica do entendimento sobre a origem etimológica das palavras, as versões cognatas de “certo” também são escritas com “c”: “certeza”; “certamente”; “certificado”, entre outras.

Significado de certo

Certo é sinônimo de correto; exato; seguro; convencido. Em outras palavras, é aquilo que é verdadeiro, em que não há erro, defeito ou imperfeição. 

Pode ser também significa o que é seguro, o que não admite dúvidas e demonstra convencimento; uma combinação, acordo firmado; algo não especificado; ou ainda algo que se diferencia dos demais.

Para fixar esses significados, deixo aqui alguns exemplos:

  • De acordo com o gabarito da prova, a alternativa certa é a D.
  • Andar na contramão não está certo.
  • É certo que irei viajar amanhã pela tarde.
  • Um certo médico me atendeu no posto de saúde.
  • Certas pessoas não têm caráter algum.

Classificação gramatical

O termo possui diversas classificações e significados. Pode ser substantivo, adjetivo, pronome, advérbio e até verbo.

Como verbo, “certar” se refere ao ato de combater, pleitear, discutir, debater. É uma forma quase desconhecida, mas pode ser conjugada normalmente – na primeira pessoa do singular do presente do indicativo, fica “eu certo”.

Como adjetivo, não suscita dúvida ou apresenta irregularidades: indica algo que é correto, exato, garantido. Refere-se a alguma coisa combinada, acertada e ajustada, ou ainda a algo adequado, apropriado e conveniente. Exemplos:

  • Este plano não está certo.
  • Este é o momento certo de agir.
  • É certo que ela vai te deixar na mão.

Agora, “certo” é facilmente identificado como pronome indefinido se puder ser sinônimo de um, algum, qualquer. Pode ainda indicar quantidade, pessoa ou algo indeterminado. Assim:

  • Certo dia iremos embora daqui.
  • Não tenho maturidade para certos comentários.
  • Certo sujeito é muito ousado.

Na forma de advérbio, “certo” transmite a ideia de certeza ou de precisão, sendo sinônimo de certamente, corretamente e bem. Veja:

  • É pena que ele só aja certo consigo.
  • O maestro precisa de calma e concentração para reger certo a orquestra.

Com a função de substantivo, a palavra nomeia algo considerado correto, adequado. Neste caso, a palavra deve ser precedida por um artigo: o certo.

  • Isto aqui é que é o certo.
  • Não troque o certo pelo duvidoso.

Réveillon, reveillon ou reveion – qual a forma correta?

A forma correta é Réveillon, com acento. As forma reveillon e reveion não existem. Por isso, não devem ser utilizadas. Neste artigo, vamos fazer uma análise completa dessa palavra. Vamos lá!

Classficação e origem

O vocábulo Réveillon é um subtantivo masculino, de origem francesa, que denomina os festejos de fim de ano e a comemoração do Ano-Novo. Vejamos alguns exemplos do uso desse termo:

  • Durante o Réveillon, muitas pessoas se reunem nas praias do Rio de Janeiro.
  • Eu sempre me divirto muito com a minha família na festa de Réveillon.
  • O Réveillon é comemorado primeiro na Austrália e na Nova Zelândia.
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Fim de ano x Final de ano – qual a forma correta?

A construção mais adequada é “fim de ano“. Neste artigo, vamos explicar por que utilizar essa forma em vez de “final de ano“. Vamos lá!

Classificação morfológica

Para começar, vamos analisar a classificação morfológica das palavras fim e final. A primeira é um substantivo masculino, que indica a última parte ou o ponto de chegada de algo.

Ex: O juiz apitou para determinar o fim da partida.

final é um adjetivo, classe que, em geral, deve acompanhar um substantivo.

Ex: O gol saiu na parte final da partida.

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Pluralia tantum – o que é e quando acontece?

Parabéns por suas núpcias! Que essas bodas entrem para os anais da sociedade brasileira!

A despeito do exemplo tolo, o que se pode observar em comum nas palavras destacadas?

São todas substantivos que só se empregam no plural.

Essa particularidade da flexão numérica dos substantivos é chamada de pluralia tantum, expressão tradicional da gramática latina que significa “apenas plurais”.

O substantivo pluralia tantum, portanto, não tem uma forma singular e aparece apenas no plural. Veja outros exemplos: pazes, afazeres, arredores e condolências).

Não dá para fazer “a paz” com alguém. Fazemos “as pazes” com ele.

Da mesma forma, temos: férias e efemérides.

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Culinária x Gastronomia – qual a diferença?

Arroz e feijão. Queijo e goiabada. Café com leite. Estas e tantas outras combinações, mais complexas ou simples assim, não abrem só o apetite da gente, mas também a caixinha da curiosidade. Afinal, culinária e gastronomia são mesmo sinônimos?A resposta é não.

Mas também não são tão diferentes. Na verdade, os dois conceitos são complementares, como lombo com farofa.

Culinária e gastronomia têm entre sutis diferenças. A culinária é a arte de cozinhar e é comumente associada à cozinha caseira, que usa técnicas corriqueiras de preparar os alimentos. Exatamente por isso que o termo une num conceito só sushi e acarajé; vai bem quando o assunto são as comidas típicas: culinária baiana, mineira, francesa ou asiática.

A gastronomia é mais “chique” e completa, quase uma ciência, pois abrange também as bebidas e os materiais usados na alimentação, inclusive o vestuário – quem nunca brincou de chef ou “mestre-cuca” com aquele chapéu típico, chamado de “toque blanche” (touca branca, em francês). O objetivo da gastronomia, portanto, é valorizar o prazer pela comida, a experiência. Por isso inova tanto nas preparações e no refinamento da refeição.

Além disso, a gastronomia se preocupa com a preservação da história e da cultura e com o impacto social que está por trás de um prato especial.

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Escravidão x Escravatura – qual a diferença?

Apesar de atualmente serem usadas como sinônimas, as palavras escravidão e escravatura tiveram origem para designar conceitos distintos. Neste artigo, vamos explicar melhor essa questão. Vejamos!

Escravidão

De acordo com o dicionário Aulete, escravidão é um substantivo feminino que designa a condição de quem é escravo ou o sistema econômico e social baseado na escravização de pessoas.

ex: A história do Brasil, infelizmente, é marcada pela escravidão. Uma verdadeira ferida aberta em nossa história.

O termo é formado por derivação sufixal, unindo a palavra “escravo” ao sufixo -ão.

Escravatura

Segundo o historiador português João Pedro Marques, a palavra escravatura foi criada especificamente para nomear o tráfico de escravos. O pesquisador explica que, a partir de 1830, a Inglaterra começou a pressionar Portugal para eliminar o tráfico negreiro.

Nesse contexto, o surgimento do vocábulo escravatura surgiu para que o governo português pudesse encerrar o tráfico sem precisar acabar com o sistema escravocrata em si. Em outras palavras, Portugal podia dizer que aboliu a escravatura sem precisar acabar com a escravidão em território brasileiro.

Vale destacar, contudo, que essa diferença entre os termos foi se perdendo com o tempo. Atualmente, de acordo com a maioria dos dicionaristas, as duas palavras podem ser usadas como sinônimas.

Para finalizar, é importante pontuar que escravatura é um substantivo feminino formado por derivação sufixal (escravo + tura).

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