A ambiguidade, também chamada de anfibologia, consiste na dupla possibilidade de interpretação de uma palavra, de uma expressão ou de todo um texto. Popularmente, recebe o nome de “duplo sentido” e pode ser causada de forma intencional ou não.
Quando a ambiguidade é proposital e tem finalidade estilística, é considerada uma figura de linguagem de palavra e de construção. Mas quando a ambiguidade é consequência da má escolha de palavras ou da posição em que as palavras se encontram na frase, é caracterizada como um vício de linguagem e deve ser evitada.
Exemplo de ambiguidade como figura de linguagem:
– “Quem come um pede bis.”
Nesse antigo slogan da Bis, tradicional marca de chocolate wafer, o substantivo comum bis, que significa repetição, gera ambiguidade na frase por ser homônimo perfeito do nome da marca. Logo o slogan tem a intencionalidade de mostrar que os que provam um chocolate da marca Bis, pedem bis, ou seja, pedem para comer de novo, insinuando a boa qualidade do produto.
Nos casos em que a ambiguidade resulta do duplo sentido de uma palavra, ela é chamada de ambiguidade lexical.
Exemplo de ambiguidade como vício de linguagem:
– A tia levou a criança para sua casa.
Aqui já não é possível saber se a casa é da tia ou da criança devido ao mau uso do pronome possessivo.
Em casos como esse, em que a ambiguidade resulta da forma como a frase foi construída, ela é chamada de ambiguidade estrutural.
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