A palavra viva pode ou não vir seguida do acento indicativo de crase. Isso vai depender da função morfológica do termo. Neste artigo, vamos abordar todos os casos. Vejamos!

“Viva” como verbo

O termo viva pode exercer a função de verbo para indicar uma oração optativa, ou seja, uma oração que expressa um desejo. Nesse caso, viver atua como verbo intransitivo. Logo não devemos usar crase.

ex: Viva a ciência!

O sentido da frase acima seria o mesmo de “eu desejo que a ciência viva”. Nesses casos, o termo que vem após o verbo é o sujeito, e não o objeto.

Assim, quando mudamos o número do sujeito, devemos ajustar a conjugação do verbo para manter a concordância.

ex: Vivam os reis! (o mesmo sentido de “eu desejo que os reis vivam.”)

Vale destacar, contudo, que, segundo o dicionário Aulete, a forma invariável do termo é consagrada pelo uso e pode ser utilizada também (ex: Viva os professores!).

Nesses casos, o termo viva estaria funcionado como interjeição, e não como verbo.

“Viva” como substantivo

Viva também pode ser usado como substantivo masculino. Nesse contexto, o termo deve ser sucedido pela preposição “a”. Assim, sempre que vier acompanhado por uma palavra feminina, devemos utilizar a crase.

ex: Um viva à ciência!

ex: Um viva à educação!

“Viva” como interjeição

Para finalizar, é importar mencionar que viva pode ser usado também como interjeição para expressar entusiasmo ou apoio a alguém. Nesses casos, também não devemos utilizar o acento grave.

ex: Viva! Amanhã finalmente começam as minhas férias!

ex: Viva a educação! Viva os professores!

Resumo

  • Viva como verbo – sem crase
  • Viva como substantivo – com crase
  • Viva como interjeição – sem crase.

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Assista também ao vídeo sobre três casos em que não se deve utilizar a crase: